BC do Japão mantém juros e diz que riscos no exterior estão diminuindo
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Por Leika Kihara e Satoshi Sugiyama
TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão manteve a taxa de juros ultrabaixa nesta quinta-feira, mas disse que os riscos que cercam a economia dos Estados Unidos estão diminuindo um pouco, sinalizando que as condições estão se encaixando para aumentar os juros novamente.
O banco central também projetou que a inflação ficará em torno da meta de 2% nos próximos anos, enfatizando sua determinação de continuar aumentando os custos dos empréstimos se a economia mantiver uma recuperação moderada.
'Analisando os dados domésticos, os salários e os preços estão se movendo em linha com nossas previsões. Quanto aos riscos de queda para as economias dos EUA e do exterior, estamos vendo as nuvens se dissiparem um pouco', disse o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, em uma coletiva de imprensa.
As falas de Ueda foram menos 'dovish' do que as feitas antes da reunião de quinta-feira, de que o banco central pode 'se dar ao luxo de gastar tempo' examinando as consequências de riscos como as incertezas econômicas dos EUA e a volatilidade dos mercados financeiros.
'Quanto ao momento do próximo aumento de juros, não temos uma ideia predefinida. Examinaremos os dados disponíveis no momento de cada reunião e atualizaremos nossa visão sobre a economia e as perspectivas para decidir a política monetária', disse Ueda nesta quinta-feira.
Conforme amplamente esperado, o Banco do Japão manteve a taxa de juros de curto prazo em 0,25% em sua reunião de dois dias, a primeira desde uma eleição geral inconclusiva que, segundo analistas, complicará os esforços para normalizar as taxas de juros após anos de política ultrafrouxa.
A diretoria reduziu sua previsão do núcleo da inflação ao consumidor para o ano fiscal de 2025 para 1,9%, de 2,1% na estimativa anterior de julho, mas disse que os riscos estavam inclinados para cima para aquele ano. Ele manteve sua previsão do núcleo de inflação para o ano fiscal de 2026 em 1,9%.
(Reportagem adicional de Makiko Yamazaki, Kantaro Komiya e Satoshi Sugiyama)
Escrito por Reuters
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