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BC eleva Selic em 0,50 ponto, a 11,25%, e defende que governo adote medidas fiscais estruturais

Placeholder - loading - Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado
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Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central decidiu nesta quarta-feira acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária, defendendo ainda que o governo adote medidas fiscais estruturais que gerem impactos para a política monetária.

Em meio à espera pelo anúncio do pacote de contenção de despesas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a autoridade monetária afirmou que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado 'de forma relevante' os preços de ativos e as expectativas, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio.

'O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária', afirmou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado.

Membros da diretoria do BC têm destacado o efeito negativo de incertezas fiscais no mercado, com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, afirmando em mais de uma ocasião que o país precisa passar por um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos.

Em relação ao cenário global, apesar de não mencionar diretamente a eleição de Donald Trump para retornar à presidência dos Estados Unidos, o Copom apontou que o ambiente permanece desafiador em função 'principalmente' da conjuntura econômica incerta no país norte-americano.

COMPROMISSO COM A META

No comunicado, o Copom não deixou claro o que fará na reunião de dezembro, a última antes de Campos Neto passar a presidência do BC para Gabriel Galípolo, voltando a afirmar que o ritmo de ajustes futuros nos juros básicos e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo 'firme compromisso de convergência da inflação à meta'.

De acordo com o comunicado, as decisões futuras sobre os juros dependerão da evolução da dinâmica da inflação, do nível de ociosidade da economia e das projeções, expectativas e balanço de riscos para os preços à frente.

A decisão desta quarta veio em linha com a expectativa de mercado captada em pesquisa da Reuters, na qual 30 de 34 economistas entrevistados projetavam que o BC elevaria a Selic em 0,50 ponto.

Desde a última reunião do Copom, as expectativas de mercado para os preços à frente seguiram desancoradas, fator tratado enfaticamente com preocupação pela autarquia, com a previsão para o IPCA de 2025 no boletim Focus passando de 3,95% para 4,03% entre setembro e esta semana.

O próprio BC piorou nesta quarta suas projeções de inflação em relação a setembro, com estimativas passando de 4,3% para 4,6% em 2024 e de 3,7% para 3,9% em 2025, considerando o cenário de referência, que segue as projeções de mercado para a trajetória dos juros. Para o primeiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante da política monetária, a projeção está em 3,6%.

Para as projeções do cenário de referência divulgadas nesta quarta, o Copom considerou uma taxa de câmbio que parte de 5,75 reais, acima dos 5,60 reais usados na reunião de setembro.

O centro da meta contínua para a inflação neste e nos próximos anos é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Na avaliação da economista do C6 Bank Claudia Moreno, ao apresentar um cenário pior para a inflação, o BC sugere que precisará fazer um aperto nos juros mais forte do que o precificado pelo mercado, de 12,50% até meados de 2025.

“O BC deixou o cenário em aberto à frente, tem essa questão que o cenário está pior, mas, por outro lado, ele espera que a divulgação do pacote fiscal traga um efeito positivo sobre as perspectivas de inflação”, disse.

Para o BC, a atividade econômica e o mercado de trabalho no país seguem apresentando dinamismo, com dados da inflação cheia e subjacente se situando acima da meta para a inflação.

Com o ajuste desta quarta, a Selic atingiu o maior nível desde março deste ano, quando também estava em 11,25% em meio a um ciclo de cortes nos juros. O Copom reiniciou o ciclo de alta nos juros básicos em setembro, quando elevou a Selic em 0,25 ponto percentual.

Em comunicado com poucas mudanças em relação a setembro, o BC reafirmou nesta quarta que o cenário atual, marcado por resiliência da atividade e do mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista.

Após apontar em setembro que o balanço de riscos para a inflação à frente havia se tornado assimétrico, com chance maior de alta nos preços, o BC manteve a avaliação nesta quarta, sem mudanças nos fatores mencionados.

Para a autoridade monetária, os riscos de alta para os preços estão relacionados a uma desancoragem das expectativas por período mais longo, uma resiliência da inflação de serviços e uma conjugação de políticas externa e interna com impacto inflacionário.

Nos riscos de baixa, o BC vê uma desaceleração maior que a esperada da atividade global e um impacto mais forte que o previsto do aperto monetário sobre a desinflação global.

Em nota, o time de macroeconomia da XP avaliou que o comunicado desta quarta manteve o tom duro em relação à política monetária à frente, indicando que o 'plano de voo não divulgado' do Copom provavelmente contempla uma taxa terminal da Selic acima dos 12,50% projetados pelo mercado.

'Diante desse cenário mais desafiador para a inflação e a nova previsão do Copom, revisamos nossa projeção de taxa Selic terminal de 12,00% (cenário base divulgado em agosto) para 13,25%', apontou a XP.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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