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BC eleva Selic em 1 ponto a 13,25% e confirma indicação de mais uma alta equivalente à frente

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 11/06/2024 REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central em Brasília 11/06/2024 REUTERS/Adriano Machado
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Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central decidiu nesta quarta-feira seguir o ritmo de aperto nos juros já previsto ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e manteve a orientação de mais uma alta equivalente em março, deixando os passos seguintes em aberto.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que, para além da reunião de março, a magnitude do ciclo de aperto monetário será ditada 'pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta' e dependerá de fatores como a evolução dos preços, projeções, expectativas de mercado, nível de ocupação da economia e do balanço de riscos para a inflação.

'Essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante', disse.

O novo patamar dos juros básicos é o mais alto desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% em meio a um ciclo de cortes na Selic.

A decisão de não dar indicações futuras adicionais ao que já estava colocado pelo BC ocorreu na primeira reunião do Copom com Gabriel Galípolo na presidência da autarquia. Neste mês, o colegiado também passou a ser composto majoritariamente por diretores indicados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, com sete dos nove membros.

Para o Copom, os indicadores de atividade e do mercado de trabalho têm apresentado dinamismo e a inflação, cheia e subjacente, se manteve acima da meta da inflação -- e novamente apresentou elevação nas últimas divulgações.

'O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista', afirmou.

Na avaliação do economista-chefe da XP, Caio Megale, o comunicado tem tom duro, o que é positivo para ancorar expectativas. Para ele, no entanto, o BC dá um sinal ao deixar em aberto o cenário para as reuniões a partir de maio.

'Ao manter as portas abertas em maio, ele deixa espaço para desacelerar (o ritmo de cortes nos juros) caso a economia continue desacelerando', disse, ao acrescentar que a XP projeta uma alta de 0,75 ponto em maio e de 0,50 em junho.

RISCOS

No documento, o Copom ainda fez alterações em seu balanço de riscos para a inflação, apesar de manter a visão de que há uma assimetria altista.

Nesse parágrafo do documento, foi removido o trecho que afirmava em dezembro que o cenário se mostrava “menos incerto e mais adverso”, ponto que foi usado pela diretoria do BC para sustentar a indicação dada naquele momento para os juros à frente.

Nas possibilidades de alta nos preços, o BC manteve o ponto que cita um impacto inflacionário por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada, mas agora menciona nesse tópico um risco “maior que o esperado”.

Nos riscos de baixa, o Copom passou a apontar impactos de uma desaceleração econômica doméstica --e não mais global-- mais forte que a projetada. Além disso, retirou o tópico sobre impacto do aperto monetário no mundo, colocando em seu lugar a chance de um cenário menos inflacionário para países emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.

Mais cedo nesta quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos manteve a taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,50% e deu poucas informações sobre quando novas reduções nos custos de empréstimos poderão ocorrer, um cenário que pode ampliar desafios para países emergentes.

Em seu comunicado, o BC afirmou que o ambiente externo permanece desafiador e segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

Para o Copom, esse ambiente tem origem, principalmente, na conjuntura e na política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Federal Reserve.

FISCAL

No documento, o BC disse que a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida pública do Brasil segue impactando 'de forma relevante' os preços de ativos e as expectativas dos agentes.

O governo apresentou em novembro medidas de contenção de despesas que não foram bem recebidas pelo mercado sob avaliação de que não serão suficientes para estabilizar o endividamento público. O pacote foi aprovado parcialmente pelo Congresso.

O Copom retomou o ciclo de alta nos juros básicos em setembro do ano passado, quando elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, seguido de uma alta de 0,50 ponto em novembro, até promover uma elevação de 1 ponto em dezembro e já prever mais duas altas equivalente em janeiro e março.

A decisão desta quarta veio em linha com a expectativa de mercado captada em pesquisa da Reuters, na qual todos os 38 economistas entrevistados projetavam que o BC elevaria a Selic em 1 ponto.

Desde a última reunião do Copom, as expectativas de mercado para os preços à frente seguiram desancoradas, fator tratado enfaticamente com preocupação pela autarquia, com a previsão para o IPCA de 2025 no boletim Focus passando de 4,59% no início de dezembro para 5,50% nesta semana.

O próprio BC piorou nesta quarta suas projeções de inflação em relação a dezembro, com estimativas passando de 4,5% para 5,2% em 2025, considerando o cenário de referência, que segue as projeções de mercado para a trajetória dos juros. Para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante da política monetária, a projeção ficou em 4,0%.

Para as projeções do cenário de referência divulgadas nesta quarta, o Copom considerou uma taxa de câmbio que parte de 6,00 reais, acima dos 5,95 reais usados na reunião de dezembro.

Para o economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, o documento traz poucas surpresas, mas é relevante no ponto em que o BC projeta uma inflação de 4% em seu horizonte relevante.

'De acordo com o modelo do BC, a taxa Selic a 15% parece não ser suficiente para trazer a inflação à meta no horizonte relevante. Isso deixa implícita a possibilidade de altas de juros nas reuniões subsequentes que levem a Selic a um nível acima desse patamar', disse.

O centro da meta contínua para a inflação neste e nos próximos anos é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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