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BC reduz juros à nova mínima histórica de 6% e indica chance de mais corte

Placeholder - loading - Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de audiência em Comissão de Assuntos Econômicos do Senado  26/02/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de audiência em Comissão de Assuntos Econômicos do Senado 26/02/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Marcela Ayres e José de Castro

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, à nova mínima histórica de 6% ao ano, e indicou que o processo de afrouxamento poderá seguir adiante diante da fraqueza econômica, inflação bem comportada, melhora no ambiente externo e avanço da reforma da Previdência.

Este foi o primeiro corte na Selic desde março de 2018, quando a taxa passou de 6,75% para 6,5%.

'O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo', disse o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

'O Copom enfatiza que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e reitera que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação', ponderou.

Embora um corte na Selic fosse amplamente esperado nesta quarta-feira, a magnitude da redução dividiu agentes do mercado.

Em pesquisa Reuters com 27 economistas, 14 previam uma queda de 0,25 ponto na Selic, enquanto dez apostavam em um corte mais agressivo, de 0,5 ponto, e três viam manutenção dos juros básicos. [nL2N24R0JD]

'Basicamente o Copom deixou a porta aberta para cortar na próxima reunião', avaliou o economista-chefe do banco Haitong Brazil, Flávio Serrano.

'A decisão surpreendeu menos pelo corte de 50 pontos-base e mais porque, no caso de uma redução de 50 pontos-base, o BC poderia adotar um discurso mais comedido, e não foi o que aconteceu. O cenário pode permitir corte de mais de 100 pontos-base no total', completou ele.

A decisão do BC tem como pano de fundo a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, no início de julho. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a dizer que o avanço 'obviamente' melhorava o cenário para a inflação e representava um primeiro passo importante.

Em seu comunicado, o BC reconheceu que o processo de ajustes na economia tem caminhado, mas ressaltou que sua continuidade é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para recuperação sustentável da economia.

Apesar de o balanço de riscos para a inflação -que avalia os fatores que podem levar a inflação a ficar abaixo ou acima da meta neste ano e no próximo- ter evoluído de maneira positiva, o risco desfavorável para a inflação ligado à eventual frustração sobre as reformas 'ainda é preponderante', disse o BC.

Já em relação ao cenário externo, o BC passou a ver um quadro 'mais benigno', ante 'menos adverso' anteriormente. Bancos centrais em todo mundo têm mostrado uma posição mais 'dovish' (inclinada ao afrouxamento monetário) em meio a preocupações com a economia global.

Nesta quarta-feira, inclusive, o Federal Reserve (banco-central dos Estados Unidos), cortou a taxa de juros pela primeira vez desde 2008, sinalizando disposição para reduzir os custos de empréstimo ainda mais caso seja necessário.

No entanto, declarações posteriores do chairman do Fed, Jerome Powell, indicando que a diminuição não foi o começo de um longo ciclo de redução de taxa, abalaram os mercados e diminuíram expectativas sobre o tamanho da distensão monetária na maior economia do mundo.

Para o economista sênior do Banco MUFG Brasil, Carlos Pedroso, os ruídos gerados com a decisão do Fed não mudam o quadro para a política monetária no Brasil.

'Continuamos com atividade fraca e inflação abaixo da meta. E, até setembro, a reforma da Previdência já estará aprovada na Câmara. Ou seja, o balanço de riscos do Copom estará melhor', assinalou ele, prevendo uma Selic de 5,5% no fim do ano.

No Brasil, indicadores da atividade econômica seguiram mostrando pífio desempenho, mas o BC avaliou que eles agora 'sugerem possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia'. Isso, para o BC, ocorrerá 'em ritmo gradual'.

Em relação à inflação no país, o BC frisou que houve melhorias ao assinalar no comunicado que diversas medidas de inflação subjacente (núcleos de inflação) encontram-se em níveis 'confortáveis', e não mais 'apropriados'.

Dados mais recentes de inflação têm corroborado a expectativa de que o IPCA vá encerrar o ano abaixo da meta oficial de 4,25%, com margem de de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Considerado uma prévia da inflação oficial, o IPCA-15 subiu apenas 3,27% nos 12 meses até julho.

Em seu comunicado, o BC manteve a projeção de inflação para 2019 pelo cenário de mercado a 3,6%, e para 2020 em 3,9% --mesmos patamares das estimativas feitas em junho. Esse cenário considera a Selic encerrando 2019 em 5,50% e permanecendo neste nível até o final do ano que vem.

Dadas as variáveis na mesa, a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, prevê que a Selic encerrará 2019 em 5%.

'O corte de 50 pontos-base mostra um BC convicto na estratégia', disse. 'A comunicação do Fed foi conservadora, mas aqui a reforma da Previdência --principal fator do balanço de riscos do BC-- foi aprovada em primeiro turno, e não deve haver desidratação relevante, o que mantém impacto fiscal robusto', disse.

(Edição de Isabel Versiani)

Escrito por Reuters

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