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BCE mantém taxas de juros inalteradas e sem qualquer indício de cortes

Placeholder - loading - Presidente do BCE, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva em Frankfurt 25/01/2024 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Presidente do BCE, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva em Frankfurt 25/01/2024 REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas no patamar recorde de 4%, conforme esperado, nesta quinta-feira, e reafirmou seu compromisso com o combate à inflação, não dando qualquer indício de que seus membros estejam sequer contemplando a flexibilização da política monetária.

O BCE encerrou seu ciclo mais rápido de aumento de taxas em setembro, mas tem sido inflexível ao afirmar que discutir uma reversão seria prematuro, uma vez que as pressões sobre os preços não foram totalmente extintas e muitas negociações salariais ainda não foram concluídas.

Os investidores, no entanto, estão apostando que o BCE está errando tanto em relação ao crescimento quanto à inflação e será forçado a fazer uma reviravolta, realizando cinco cortes nas taxas em rápida sucessão a partir do início da primavera europeia.

Porém, o BCE não sinalizou tal mudança nesta quinta-feira e fez apenas alterações sutis em seu comunicado, repetindo sua orientação de longa data de que manter as taxas de juros no nível atual por tempo suficiente trará a inflação de volta à meta.

'O consenso em torno da mesa foi de que era prematuro discutir cortes nas taxas', disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, em entrevista coletiva de rotina após o anúncio da decisão, reiterando que as decisões futuras dependeriam dos dados recebidos.

'Precisamos avançar mais no processo de desinflação para ter certeza de que a inflação estará na meta -- de forma sustentável', acrescentou.

O banco disse em seu comunicado por escrito que as tendências de inflação confirmaram 'amplamente' sua avaliação anterior, mas removeu uma referência que estava em comunicados anteriores a pressões elevadas sobre os preços domésticos e ao forte crescimento dos custos de mão de obra.

Lagarde disse que os riscos de crescimento estavam inclinados para o lado negativo e incluíam o efeito restritivo da política monetária, guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e uma desaceleração econômica global.

As interrupções no comércio causadas pelos ataques do grupo houthi, do Iêmen, contra a navegação no Mar Vermelho poderiam aumentar a inflação, elevando os custos de energia e frete, alertou.

'Estamos observando isso com muito cuidado', disse Lagarde.

Ela se recusou a comentar sobre as especulações de que um primeiro corte na taxa de juros poderia ocorrer na reunião de junho do BCE.

Recentemente, Lagarde e o economista-chefe do BCE, Philip Lane, apontaram os acordos salariais do primeiro trimestre, cujos números ficam disponíveis em maio, como um indicador relevante, o que alguns viram como uma pista para o momento de uma mudança.

Ela apontou sinais de que a demanda por mão de obra estava diminuindo e evidências de que a moderação do crescimento dos salários era 'direcionalmente boa do nosso ponto de vista'.

O recuo do BCE em relação aos cortes antecipados das taxas teve algum impacto nos mercados, mas os investidores ainda veem 125 pontos-base de reduções este ano, ou cinco movimentos, com o primeiro em abril ou junho.

RECESSÃO

A grande discrepância nas expectativas decorre, em grande parte, de uma perspectiva diferente sobre o crescimento e o quanto os aumentos anteriores das taxas estão desacelerando a atividade econômica nos 20 países que usam o euro como moeda.

O BCE espera que os gastos das famílias e do governo impulsionem a recuperação, mas os dados parecem estar pintando um quadro mais sombrio, com o setor industrial permanecendo em recessão e o setor de serviços esfriando. No início da quinta-feira, a pesquisa Ifo da Alemanha, acompanhada de perto, apontou uma piora no sentimento empresarial.

A zona do euro provavelmente esteve em recessão no último trimestre e teve um início lento em janeiro, fazendo com que o trimestre atual fosse o sexto consecutivo com crescimento praticamente estável ou negativo. Enquanto isso, a recuperação prevista há muito tempo continua sendo adiada.

Uma economia fraca, juntamente com preços de commodities controlados e altas taxas de juros, continuará sufocando a inflação, que ficou em 2,9% em dezembro e que, atualmente, o BCE não espera que volte à sua meta de 2% até 2025.

Muitos discordam dessa projeção.

'Continuamos a esperar que as taxas de inflação básica e do núcleo do IHPC caiam para 2% já antes de meados deste ano, um ano ou mais antes do que as previsões do BCE', disseram os economistas do Deutsche Bank.

Uma inflação mais baixa significaria o aumento das taxas de juros reais, o que efetivamente tornaria a política mais restritiva em um ambiente de recessão.

'Isso aumentaria o risco de uma recessão total e um choque genuíno no mercado de trabalho', acrescentou o Deutsche Bank.

Alguns acham que a insistência do BCE de que são necessárias ainda mais evidências de desinflação para que ele aja aumenta a chance de um erro de política.

'Tendo negligenciado o impacto negativo do aperto monetário sobre o crescimento até agora, o BCE continua tendendo a cortar muito pouco e muito tarde', disse Davide Oneglia, do TS Lombard.

'O BCE tem menos motivos para se preocupar com a inflação e menos desculpas para manter a política monetária restritiva do que as autoridades pensam, mas hábitos de aperto excessivo são difíceis de serem perdidos.'

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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