Bebianno deixa comando do PSL e volta a ser vice-presidente do partido
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O advogado Gustavo Bebianno deixou a presidência do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, e volta à condição de vice-presidente da legenda, disse ele à Reuters nesta segunda-feira.
Segundo Bebianno, a sua permanência na presidência era temporária e com validade até o fim da campanha presidencial, que terminou no domingo com a vitória de Bolsonaro sobre o petista Fernando Haddad no segundo turno.
Ele retorna agora à vice-presidência do PSL, com o empresário Luciano Bivar, eleito deputado federal por Pernambuco nesta eleição, assumindo o comando da legenda.
'Não há racha e isso já estava previsto desde lá atrás', disse Bebianno à Reuters.
Ele negou que esteja cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro e afirmou que há bons nomes para a pasta, como os do juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pelos processos da Lava Jato em Curitiba, e da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon.
'Não procuramos o Moro, mas existe essa hipótese', finalizou Bebianno. Recentemente Bolsonaro já citou o nome de Moro como possível indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em sua gestão.
À Reuters, Bivar disse que reassume o comando do partido porque já estava 'previamente combinado'.
'A função do Bebianno era eleger o Bolsonaro e, cumprindo a missão, ele vai para a parte da transição do governo', disse.
Ele foi questionado sobre o fato de ter dito, em entrevista anterior também à Reuters, que só iria voltar ao comando do partido em dezembro. Disse que a 'demanda' para questões de transição vai 'tomar muito tempo'.
Bivar negou ter havido qualquer atrito para essa decisão. 'Não, em absoluto', temos uma boa relação', disse.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Ricardo Brito)
Escrito por Thomson Reuters
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