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Belo Monte terá que aumentar vazão no Xingu em janeiro, prejudicando geração

Placeholder - loading - Visão aérea do Rio Xingu, perto de Belo Monte REUTERS/Paulo Santos
Visão aérea do Rio Xingu, perto de Belo Monte REUTERS/Paulo Santos
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, deverá aumentar o fluxo de água liberado para um trecho do rio Xingu em janeiro, o que afetará a geração de energia do empreendimento, para atender determinação do Ibama, o que deve ter consequências para o sistema elétrico nacional.

A decisão do Ibama de determinar uma mudança provisória na vazão da usina, uma das maiores do mundo, vem em meio a preocupações com impactos ambientais e sobre comunidades locais, segundo documento visto pela Reuters.

Em ofício com data de 5 de janeiro, o diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Jônatas Trindade, afirma que o órgão prevê concluir até o final de janeiro avaliações sobre a necessidade de mudança na vazão nos demais meses de 2021.

Segundo o documento, visto pela Reuters, Belo Monte deverá operar com vazão de 3.100 metros cúbicos por segundo no chamado 'trecho de vazão reduzida' do rio Xingu em janeiro.

Isso é praticamente três vezes mais do que a vazão original definida, de 1.100 metros cúbicos por segundo.

Procurado, o Ibama não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

A Norte Energia, dona de Belo Monte, por outro lado, alertou sobre impactos esperados com a decisão sobre o chamado 'hidrograma' do projeto.

'A estrutura operacional e financeira da usina hidrelétrica Belo Monte foi elaborada levando em conta a garantia física do projeto, a partir da definição do hidrograma no âmbito do licenciamento ambiental', afirmou, em nota à Reuters.

A empresa, que tem como sócios empresas como Eletrobras, Neoenergia, Cemig Light e Vale, faz referência à quantidade de energia que a usina pode vender no mercado. Se produz abaixo da garantia física, o gerador pode ter que comprar energia de terceiros para cumprir seus compromissos.

'Qualquer alteração provocará não somente a redução da capacidade de geração da usina como também impactos na segurança do sistema interligado nacional', acrescentou a companhia.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que gerencia o acionamento de usinas e linhas de transmissão para atendimento à demanda por energia, demonstrou preocupação em dezembro com possíveis impactos negativos sobre a geração de Belo Monte devido às avaliações em curso no Ibama.

O diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, disse à Reuters que uma mudança na vazão da usina ao longo de 2021 exigiria ligar mais termelétricas, com custo de operação maior, o que teria impacto sobre os consumidores de energia.

O Ibama, por outro lado, disse que verificou 'aumento na intensidade de alguns impactos ambientais já previstos' para a hidrelétrica, incluindo 'alteração nas populações de peixes, navegação, dentre outros'.

FORTES IMPACTOS

Com capacidade instalada de 11,2 gigawatts, a usina de Belo Monte recebeu investimentos de mais de 35 bilhões de reais.

As novas premissas de vazão em avaliação no Ibama, se adotadas em definitivo, poderiam reduzir fortemente o fluxo de água para as turbinas de Belo Monte principalmente até maio.

Em fevereiro, por exemplo, a usina precisaria liberar uma vazão mínima mensal na Volta Grande do Xingu de 10,9 mil m³/s, contra 1,6 mil m³ do chamado 'hidrograma de consenso', aprovado durante o licenciamento ambiental do empreendimento.

O ONS estimou à Reuters que a perda média de geração para a usina com a nova vazão de janeiro a julho poderia somar entre 17,4 mil e 21,18 mil megawatts médios, o suficiente para abastecer o Sudeste/Centro-Oeste por cerca de 15 dias.

Uma menor produção da usina também impactaria negativamente outros investidores, uma vez que afetaria o desempenho de um mecanismo de compartilhamento de riscos de geração entre todas hidrelétricas do país, o chamado MRE, destacou a Norte Energia.

A eventual mudança no fluxo de águas ainda teria como efeito colateral um subaproveitamento de linhões de transmissão construídos entre o Norte e o Sudeste do país para escoar a produção da mega usina, disse à Reuters o sócio da consultoria Thymos Energia, Alexandre Viana.

'Teria vários meses em que água nenhuma chegaria para (as turbinas de) Belo Monte dentro desse hidrograma... significaria, na prática, uma menor transmissão de energia no linhão, uma obras super debatida nos últimos anos, uma linha importante para o sistema', afirmou.

Os dois linhões de eletricidade em ultra-alta tensão entre o Pará e o Sudeste demandaram investimentos de cerca de 15 bilhões de reais.

Escrito por Reuters

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