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Biden busca reforço no Meio-Oeste dos EUA após conquistar indicação democrata

Placeholder - loading - O presidente dos EUA, Joe Biden, cumprimenta Harry Abramson, de 9 anos, na sede da campanha em Milwaukee, Wisconsin, EUA 13//03/2024 REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos EUA, Joe Biden, cumprimenta Harry Abramson, de 9 anos, na sede da campanha em Milwaukee, Wisconsin, EUA 13//03/2024 REUTERS/Kevin Lamarque

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Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou o Estado de Wisconsin -- um campo de batalha política -- nesta quarta-feira, após conquistar a indicação do Partido Democrata, e concentrou seus esforços na busca de votos entre as mulheres dos subúrbios, os eleitores negros e os latinos em todo o Meio-Oeste.

Biden anunciou mais de 3 bilhões de dólares em investimentos em infraestrutura em comunidades carentes de 40 estados, que serão financiados por meio da lei bipartidária de infraestrutura e da Lei de Redução da Inflação.

Segundo ele, os projetos devem ajudar a reparar bairros em estados como Wisconsin, onde comunidades negras, hispânicas e chinesas foram isoladas anos atrás por grandes rodovias e estradas.

'Estou aqui para anunciar o primeiro investimento desse tipo... para ajudar a corrigir erros históricos', disse Biden. 'Essas são melhorias que mudam vidas', acrescentou.

Durante o discurso, Biden também inaugurou a sede local da campanha e divulgou as políticas econômicas de seu governo, estratégia que até o momento não conseguiu persuadir potenciais eleitores.

Biden disse que há 'muita coisa em jogo' e que sua campanha vai 'começar a bater de porta em porta' em Wisconsin e em vários outros estados.

Na quinta-feira, Biden planeja seguir para Michigan, parte de uma blitz de um mês realizada por altos funcionários do governo com o objetivo de reunir apoiadores nos sete estados que podem decidir a eleição de 2024. Na semana passada, Biden esteve na Pensilvânia, Geórgia e New Hampshire.

Na terça-feira, a campanha de Biden publicou um novo vídeo intitulado 'Let's Go' (Vamos lá), após eleitores da Geórgia ajudarem o presidente em exercício, de 81 anos, a garantir o último dos 1.968 delegados necessários para sua nomeação.

Em Wisconsin, Biden continuou a atacar o ex-presidente Donald Trump, de 77 anos, e o que ele chamou de 'campanha de ressentimento, vingança e retribuição de Trump que ameaça a própria ideia de América'.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em campanha no Colorado na terça-feira, já havia visitado Wisconsin na semana passada para divulgar as políticas econômicas da Casa Branca e falar sobre programas de aprendizagem e 'empregos sindicais bem remunerados'.

'Agora, a eleição geral realmente começa, e o contraste não poderia ser mais claro', disse Harris em um comunicado na terça-feira.

Wisconsin é um Estado politicamente importante que a equipe de Biden quer conquistar em novembro para acumular os 270 votos eleitorais necessários para a reeleição. Biden venceu no Estado de quase seis milhões de habitantes em 2020 por menos de um ponto percentual.

Wisconsin e Michigan fazem parte da 'muralha azul', juntamente com a Pensilvânia, que Biden precisará manter para garantir um segundo mandato. Em 2016, Trump venceu nos três para ganhar a Casa Branca, mas Biden os recuperou há quatro anos.

Cerca de cem manifestantes agitando bandeiras palestinas e gritando 'Palestina livre, livre' reuniram-se não muito longe da sede da campanha de Biden em Milwaukee.

Os manifestantes marcharam pelas ruas mais cedo para protestar contra a resposta de Biden à guerra de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque de 7 de outubro do grupo militante palestino Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas.

Mais de 30.000 pessoas em Gaza foram mortas como resultado da resposta militar de Israel, segundo autoridades palestinas, e a guerra irritou alguns dos principais eleitores de Biden, incluindo jovens e progressistas de esquerda.

(Reportagem de Andrea Shalal e Nandita Bose)

Escrito por Reuters

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