Biden cancela visita à Austrália diante de risco de calote dos EUA
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Por Steve Holland e David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - Uma crise em curso sobre o teto da dívida dos Estados Unidos levou o presidente norte-americano Joe Biden a adiar nesta terça-feira os planos de visitar a Papua Nova Guiné e a Austrália, para que possa retornar a Washington.
Biden ainda partirá na quarta-feira a caminho de Hiroshima, no Japão, para uma cúpula do G7 de três dias.
Posteriormente, ele seria o primeiro presidente dos EUA em exercício a visitar Papua Nova Guiné, onde na capital Port Moresby, presenciaria a assinatura de um novo acordo estratégico com a Micronésia e se reuniria com 18 líderes de ilhas do Pacífico.
Em Sydney, na Austrália, Biden tinha planos de participar de uma reunião do grupo de quatro nações conhecido como Quad --composto por EUA, Japão, Austrália e Índia--, formado com o objetivo de combater a crescente influência da China na região do Indo-Pacífico.
Biden disse a repórteres que falou por telefone com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, para explicar sua decisão. 'Deixar de pagar a dívida simplesmente não é uma opção', disse Biden, que está em negociações com congressistas republicanos.
Albanese disse em comunicado que Biden se desculpou por não poder visitar a Austrália e que trabalhará para reagendar a visita na primeira oportunidade.
A equipe de Biden também conversou com os líderes de Papua Nova Guiné para informá-los da decisão, disse a Casa Branca. A embaixada de Papua Nova Guiné não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o adiamento.
O Tesouro estimou que os EUA darão calote já em 1º de junho, caso o Congresso não eleve o teto da dívida.
(Reportagem de Steve Holland, Nandita Bose e David Brunnstrom; reportagem adicional de John Mair em Sydney)
Escrito por Reuters
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