Biden visita metalúrgicos de Michigan, mas enfrenta protestos por Gaza
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Por Nandita Bose e Andrea Shalal
WARREN, MICHIGAN (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou nesta quinta-feira o estado de Michigan na tentativa de obter o apoio de funcionários das montadoras de veículos, vistos como cruciais em sua campanha à reeleição, ao mesmo tempo em que a comunidade árabe-americana local mostrou seu descontentamento com a gestão do mandatário de assuntos ligados à guerra na Faixa de Gaza. A viagem de Biden ao estado, crucial para a eleição, tinha caráter festivo, depois que o sindicato United Auto Workers (UAW) recentemente declarou apoio à sua reeleição. Mas a visita enfrentou a oposição da grande comunidade árabe-americana de Michigan e da população muçulmana, que exige que o presidente obtenha um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Pouco após chegar no estado, Biden parou no restaurante They Say, em Harper Woods, para cumprimentar clientes e posar para fotos. Sua campanha afirmou que ele visitou líderes religiosos negros no local. Depois, o político se dirigiu ao salão do UAW em Warren, onde os membros do sindicato pretendem trabalhar em um banco telefônico antes da disputa à nomeação democrata em Michigan, no dia 27. À frente de sua carreata, cerca de 100 manifestantes faziam uma passeata até a UAW, gritando “Genocida Joe precisa ir embora”. Eles balançavam bandeiras palestinas. Biden vai se encontrar com o presidente do sindicato, Shawn Fain, que na semana passada declarou seu apoio ao presidente, em detrimento do republicano Donald Trump. Líder da corrida do partido para disputar com Biden, Trump criticou o sindicalista e depois se reuniu com o Teamsters, o maior sindicato dos EUA para caminhoneiros, pilotos de avião e outros profissionais. Em 2016, Trump obteve apoio de sindicatos que nenhum republicano havia obtido desde Ronald Reagan, em 1980, o que o ajudou nas vitórias na Pensilvânia, em Michigan e em Wisconsin. Mas Biden retomou os sindicatos em 2020 e, com uma vantagem de quase 16 pontos percentuais, venceu nos estados do chamado Cinturão da Ferrugem. (Reportagem de Nandita Bose e Andrea Shalal em Michigan e Steve Holland em Washington)
Escrito por Reuters
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