BofA corta 150 cargos de nível júnior em divisão de banco de investimento, dizem fontes
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Por Saeed Azhar e Svea Herbst-Bayliss
NOVA YORK (Reuters) - O Bank of America cortou 150 cargos juniores em sua divisão de banco de investimentos, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com o assunto nesta terça-feira.
Os cortes seguem movimentos semelhantes aos dos concorrentes JPMorgan e Goldman Sachs e são parte de um processo anual para cortar funcionários com baixo desempenho. Entretanto, os volumes de negócios também têm ficado abaixo do esperado na primeira metade do ano.
O segundo maior banco dos Estados Unidos oferecerá à maioria dos empregados juniores, que incluem associados e analistas, outras funções fora do setor de banco de investimentos, disse uma das fontes à Reuters.
No entanto, alguns profissionais têm optado por sair, disse a outra fonte.
O rival Goldman Sachs está reduzindo sua equipe em 3% a 5% em um processo de revisão anual de desempenho neste ano, noticiou a Reuters no início de março, citando uma fonte familiarizada com o assunto.
Os cortes do Goldman equivaleriam a mais de 1.395 empregados pertencentes à força de trabalho global do banco, que no final de dezembro era de 46.500.
O JPMorgan Chase também está realizando várias demissões programadas para este ano.
A atividade dos bancos de investimento se recuperou nos últimos meses, com executivos de Wall Street aplaudindo o tom favorável aos negócios do governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
No entanto, nos dois primeiros meses de 2025, a atividade de fusões e aquisições nos EUA teve apenas 1.603 negócios firmados até sexta-feira, o ritmo mais lento em termos de volume desde 2009, segundo dados da Dealogic.
'Prevemos que as reduções no número de funcionários vão acelerar, já que o início do ano prejudicou as perspectivas para os resultados anuais dos bancos de investimento, especificamente no negócio de consultoria', disse Chris Connors, diretor da consultoria Johnson Associates.
'Seja anunciado publicamente ou feito informalmente e nos bastidores, esperamos que os grandes bancos globais reduzam os níveis de pessoal em fusões e aquisições nos próximos três a seis meses.'
(Reportagem de Svea Herbst-Bayliss e Saeed Azhar em Nova York)
Escrito por Reuters