Bolsonaro assinará nesta semana MP para desburocratizar abertura de negócio, diz Onyx
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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro assinará nesta semana uma medida provisória para, entre outras coisas, desburocratizar a abertura de negócios pelos cidadãos brasileiros, disse no domingo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após reunir-se com o presidente.
'Falamos sobre uma questão muito importante que é a medida provisória que vai tratar da liberdade econômica. Pela primeira vez na história republicana brasileira o cidadão diante do Estado vai ter a verdade com ele, então é uma mudança muito significativa, estava dentro do plano de governo e ele deve assiná-la na terça ou na quarta-feira', afirmou Onyx, que se recusou a dar mais detalhes sobre a MP.
'É para facilitar a vida das pessoas, para abrir seu negócio, para trabalhar, produzir renda, gerar emprego, é nessa linha. Os detalhes vão vir na data', acrescentou.
O chefe da Casa Civil também comentou a conversa que Bolsonaro teve no fim de semana com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De acordo com o Onyx, o encontro serviu para restabelecer uma linha direta de comunicação entre os dois.
'A reunião foi muito boa. Os dois reabriram um canal de conversação direta entre o presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados', afirmou o ministro.
Maia tem sido um dos principais defensores da reforma da Previdência e vinha cobrando uma maior participação do Palácio do Planalto nas articulações pela medida.
O encontro ocorreu no momento em que o mérito da reforma começa a ser analisado na Câmara e depois de declarações polêmicas de Maia sobre os filhos do presidente.
Após uma série de troca de farpas entre os dois há algumas semanas, Bolsonaro tem feitos acenos a Maia, e repetiu o gesto no sábado, mesmo após entrevista polêmica do deputado.
Onyx voltou a defender a alteração das regras de acesso à aposentadoria, apontando-a como uma necessidade do país, e disse que em breve o governo deve apresentar novas metas a serem atingidas, após completar 100 dias de governo, também sem dar detalhes sobre quais objetivos serão buscados.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por Thomson Reuters
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