Bolsonaro se empenhou para garantir no Senado votação de MP de combate a fraudes no INSS, diz porta-voz
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro se envolveu pessoalmente, junto com os líderes do governo, ao longo do final de semana para fazer contatos com senadores e ressaltar a importância da aprovação da Medida Provisória 871, que visa combater fraudes em benefícios previdenciários, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz, o presidente agradeceu o esforço dos senadores para garantir o quórum numa segunda-feira, dia incomum para votações.
'O presidente destacou a importância da aprovação das medidas provisórias 871 e 872 no Senado no dia de hoje, parabenizou e agradeceu o empenho do presidente da Casa, senador David Alcolumbre, e todos os senadores que, demonstrando um sentimento nacional, atenderam o compromisso de comparecer na sessão de agora à tarde para legislar a favor do Brasil', disse o porta-voz.
O Senado atingiu o quórum para votação no meio da tarde, mas até a fala do porta-voz, no início da noite, não tinha ainda votado a matéria.
A MP autoriza o governo a tomar várias medidas para detectar fraudes em benefícios. De acordo com cálculos da equipe econômica, pode levar a uma economia de 100 bilhões de reais em 10 anos e é considerada peça importante na implementação da reforma da Previdência.
Mais cedo, em sua conta no Twitter, o presidente afirmara esperar a aprovação da MP pelo Senado, argumentando que a medida tem como objetivo o bem do Brasil, destacando a economia aos cofres públicos.
'Hoje deve ser votada no Senado a MP 871, que combate as fraudes no INSS, e nós esperamos por sua aprovação, pelo bem do Brasil e dos brasileiros. Caso aprovada, a ação deve gerar uma economia de 100 bilhões de reais em 10 anos, fundamental para seguirmos crescendo', escreveu o presidente na rede social.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou sessão para a tarde desta segunda-feira, dia em que normalmente não há votações, para apreciar a 871 e também a 872, que trata de gratificações aos servidores da Advocacia-Geral da União (AGU).
As duas medidas, já aprovadas na Câmara dos Deputados, precisam passar nesta segunda pelo Senado, sem que os senadores alterem o texto aprovado pelos deputados, caso contrário as propostas perderão validade.
Na quinta-feira passada, os senadores se recusaram a votar a MP alegando que não conheciam o texto aprovado pelos deputados.
(Por Lisandra Paraguasse, em Brasília, e Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por Reuters
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