Bolsonaro faz megacomício em Belo Horizonte em ato para reforçar foco no Sudeste
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Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai participar nesta quarta-feira do seu primeiro megacomício em Belo Horizonte, em mais um sinal do foco para ganhar eleitores na região Sudeste, segundo uma fonte de sua campanha à reeleição.
A agenda terá encontro com religiosos, motociata e um grande ato no final da tarde na Praça da Liberdade, importante local na capital mineira.
Minas Gerais é considerado um Estado estratégico por ser o segundo maior colégio eleitoral do país e uma espécie de síntese do Brasil, disse a fonte. Na semana passada, foi na cidade mineira de Juiz de Fora que Bolsonaro iniciou oficialmente a campanha à reeleição --na mesma cidade, em 2018, o então candidato levou uma facada.
Na avaliação da campanha, de acordo com a fonte, um desempenho bom do presidente em Minas ajudará a reduzir a distância dele do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto.
Pesquisa Ipec divulgada na semana passada, mostrou Lula com 42% das intenções de voto para o primeiro turno em Minas Gerais, contra 29% de Bolsonaro. A vantagem do petista é ainda maior pelo Datafolha, divulgado alguns dias depois: 49% a 29%.
A região Sudeste tem sido um dos principais focos de atuação da campanha de Bolsonaro neste momento. Ela concentra 47% dos eleitores indecisos, segundo pesquisa Quaest divulgada neste mês, com quase o dobro da segunda região, o Nordeste, com 24%. Esse dado tem sido usado pela campanha para traçar as estratégias de atuação e a agenda principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, conforme a fonte.
PALANQUE LOCAL
Bolsonaro deve aproveitar a ida a Minas Gerais para reforçar o palanque de Carlos Viana (PL), seu candidato ao governo do Estado, que está bem atrás na disputa. Pesquisa Datafolha, divulgada semana passada, mostrou o governador Romeu Zema (Novo), que tenta a reeleição, com 47% das intenções de voto, seguido por Alexandre Kalil (PSD), com 23% e Viana, com 5%.
O presidente não conseguiu um apoio declarado de Zema no primeiro turno --Kalil é apoiado por Lula. Mas a campanha trabalha para garantir um apoio de Zema em um eventual segundo turno de Bolsonaro com o petista.
Escrito por Reuters
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