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Bomba sexual: os danos colaterais do sucesso explosivo do OnlyFans

Placeholder - loading - Melinda Lam posa em Denver, no Colorado  25/1/2024    REUTERS/Kevin Mohatt
Melinda Lam posa em Denver, no Colorado 25/1/2024 REUTERS/Kevin Mohatt
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Por Jason Szep, Linda So, Rosa Furneaux e Andrew R.C. Marshall

DENVER, 11 Out (Reuters) - O marido de Melinda Lam tinha um segredo. Lam disse que ela o descobriu depois que um pagamento com cartão de crédito para as aulas de caratê do seu filho foi recusado em dezembro de 2021. Isso levou a farmacêutica de 46 anos do Colorado a verificar as contas que compartilhava com o marido.

Pelo menos seis cartões de crédito estavam no limite máximo, disse ela, e quase 40.000 dólares foram tirados de suas economias. O extrato de um cartão sugeria para onde o dinheiro poderia ter ido.

'Dizia OnlyFans, OnlyFans, OnlyFans', lembrou Lam, que na época estava fazendo quimioterapia para câncer de mama.

O marido dela gastou 135.000 dólares com criadores de pornografia no OnlyFans, um site que possui assinatura, de acordo com Lam e os registros que ela compartilhou com a Reuters. Ela disse que está se preparando para declarar falência - e finalizando o divórcio.

'Não foi apenas chocante', afirmou ela, 'foi devastador'.

O OnlyFans e seus apoiadores retratam a plataforma como uma saída segura para o trabalho sexual lucrativo e socialmente aceitável. Enfermeiros, professores, policiais e atletas olímpicos têm publicado conteúdo picante em busca de dinheiro extra.

No entanto, à medida que o OnlyFans leva a pornografia para o holofote, a plataforma também tem gerado efeitos em cascata que mudaram vidas de maneiras inesperadas e, às vezes, traumatizantes.

A Reuters relatou alguns dos danos mais diretos em investigações que expuseram material de abuso sexual infantil e pornografia não consensual ou 'pornografia de vingança' publicada no site. Essas descobertas foram extraídas de boletins policiais obtidos de mais de 250 das maiores agências de segurança dos Estados Unidos.

Mas os documentos também revelam danos colaterais: famílias separadas, reputações ameaçadas, finanças arruinadas.

Além de Melinda Lam, que disse que a farra de compras de pornografia do marido destruiu seu casamento, os boletins da polícia descrevem um criador que, sem querer, fez vídeos de sexo para um parente próximo; mulheres e meninas chocadas ao descobrirem que suas imagens foram roubadas para vender pornografia; e transeuntes que encontraram homens nus fazendo pornografia em público para seus 'fãs'. Outro criador filmou a si mesmo em atos lascivos com um cachorro.

'Há algo diferente acontecendo com o OnlyFans', disse Meagan Tyler, pesquisadora da Universidade La Trobe, da Austrália, especializada em danos contra mulheres na pornografia. 'Está realmente afetando as normas e até mesmo nossas experiências cotidianas em locais públicos, em casas particulares, em relacionamentos - e está tendo esse efeito mesmo que nunca tenhamos visitado o site.'

O OnlyFans não respondeu às perguntas sobre o caso de Lam ou sobre outros casos desta reportagem. Em seu site, no entanto, o OnlyFans diz que está construindo a plataforma de mídia digital mais segura do mundo para que os criadores expressem 'seu lado mais autêntico'. Em um discurso no ano passado, a presidente-executiva Keily Blair descreveu o OnlyFans como uma 'comunidade real' onde os criadores e assinantes têm 'conversas mais agradáveis, gentis e solidárias' do que em outras plataformas.

Durante suas interações com os assinantes, os criadores vendem conteúdo personalizado e solicitam dinheiro extra. Essa é uma fórmula comprovadamente vencedora: ao se oferecer para tornar os criadores mais ricos e os consumidores menos solitários, o OnlyFans obtém enorme sucesso na monetização do pornô - um produto que, de outra forma, estaria amplamente disponível online gratuitamente - e ajudou a revolucionar o negócio.

O OnlyFans obteve uma receita de 1,3 bilhão de dólares somente em 2023. Os principais criadores ganham milhões de dólares por ano e seu sucesso gerou um setor livre de promotores e agências de talentos.

'EU SEI QUE VOCÊ PRECISA DE MAIS $$$'

Às vezes, os próprios criadores do OnlyFans ficam traumatizados.

Em março de 2020, quando as cidades dos EUA entraram em lockdown devido à pandemia, uma mulher de 21 anos de Seattle perdeu o emprego como garçonete de um restaurante. Ao buscar uma maneira rápida de pagar as contas, ela criou uma página no OnlyFans e publicou fotos sensuais de si mesma.

Logo, segundo ela, um homem pagou 25 dólares por mês para se inscrever em sua conta. Ele também começou a enviar mensagens diretamente para ela na plataforma, dizendo que pagaria mais por vídeos mais picantes. 'Ele estava obcecado por mim', disse a mulher, que falou sob condição de ser identificada por suas iniciais, D.W., para preservar sua privacidade.

Após cerca de um ano e meio, ela fechou a conta no OnlyFans. 'Simplesmente me cansei', afirmou ela. 'Simplesmente não era para mim.'

Mas o acordo com seu fã mais entusiasmado continuou depois que ele a encontrou no Instagram.

A mulher ainda precisava de dinheiro, disse ela, e ele pagou bem - cerca de 10.000 dólares por fotos e vídeos explícitos dela por mais de dois anos.

'O que você está vestindo? Porque eu sei que você precisa de mais $$$', enviou ele em uma mensagem no Instagram, de acordo com uma captura de tela do Departamento de Polícia de Seattle.

'Ele enviava mensagens do tipo: 'Gostaria que estivéssemos na cama juntos agora'', disse D.W. em uma entrevista. 'Gostaria de poder construir uma família com você.' Ele pagava para que ela o chamasse de 'papai', mostram as capturas de tela, e a chamava de 'prostituta'.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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