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Raízen só ampliará capacidade para açúcar se preços seguirem firmes, diz CEO

Placeholder - loading - Colheitadeira corta cana-de-açúcar em campo da Usina São Martinho, em Pradópolis (SP) 13/09/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Colheitadeira corta cana-de-açúcar em campo da Usina São Martinho, em Pradópolis (SP) 13/09/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Letícia Fucuchima e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) -Os preços do açúcar precisam se situar em patamares estruturalmente elevados, acima de 22 ou 23 centavos de dólar por libra-peso, para justificar investimentos em aumentos de capacidade de produção, avaliou a Raízen, maior empresa do setor no mundo.

'Vai demorar um tempo, a gente mesmo na Raízen só vai tomar decisão de investir mais em açúcar se a gente ver que esse horizonte está firme por mais tempo', disse o CEO da empresa, Ricardo Mussa, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, após reunião com investidores e analistas.

Com um aperto na oferta antes de a safra no Brasil ganhar ritmo, os preços do açúcar bruto negociados em Nova York atingiram ao final do mês passado o maior nível em mais de 11 anos, acima de 27 centavos de dólar. Nesta quarta-feira, fecharam um pouco abaixo disso, a 25,49 centavos de dólar por libra-peso, perdendo um pouco da pressão altista com a expectativa do avanço da moagem de cana no país em maio.

Mussa afirmou que o mercado mundial do adoçante está 'mais apertado', uma vez que a capacidade instalada de produção está 'esgotada'.

Ele acrescentou que o Brasil, que costuma atuar como 'regulador' do mercado, também está no limite da capacidade.

'Hoje tem um risco maior de subida de preços, porque se algum país falhar... Tem uma safra muito boa vindo para o Brasil agora, que pode ajudar no curto prazo, mas estruturalmente esse preço tem que ficar acima de 22, 23 cents', disse o executivo.

MAIOR FATIA

A Raízen estimou que o Brasil deverá ganhar participação nas exportações globais de açúcar para 48% do total transacionado na safra 2023/24, alta de quatro pontos percentuais na comparação com o ciclo anterior, à medida que o maior player mundial ganha competitividade num cenário de maior preço de equilíbrio.

Para as safras seguintes, o país que é o maior exportador global da commodity e tem o menor custo de produção entre os seus principais concorrentes, seguirá ganhando fatia, somando 53% do total (em 2026/27)

A empresa estimou o custo de produção no Brasil em 15,7 centavos de dólar por libra-peso em 2022/23, versus 20,2 centavos do principal concorrente, a Índia, enquanto o custo da Tailândia foi visto em 22,6 centavos.

'O Brasil é o mais eficiente em produção de açúcar... investimentos precisam acontecer, o novo equilíbrio de preço deve se manter até termos nova capacidade instalada', disse o vice-presidente de Trading da Raízen, Paulo Neves.

Ele salientou que estes investimentos em nova capacidade provavelmente acontecerão no Brasil, considerando a maior competitividade brasileira.

A Índia deverá ter fatia do mercado global de 3% na safra 23/24, versus 11% na safra anterior. Já a Tailândia ficará com 15%, versus 14% no mercado anterior.

A Raízen afirmou ainda que está mais conectada aos destinos finais do seu açúcar, entregando hoje 100% do produto próprio ao cliente, versus pouco mais da metade em 2022, quando uma parte ainda era vendida por meio de intermediários.

A empresa ainda reafirmou projeção de elevar a moagem de cana para cerca de 80 milhões de toneladas na temporada 2023/24, iniciada em abril.

A Raízen, que afirma estar em uma 'jornada para a recuperação da produtividade agrícola', disse que esse objetivo vai ter impacto relevante de 3 bilhões de reais ao ano, com menos custos e mais produtos.

'Isso é transformacional, muda o patamar da nossa empresa', afirmou o vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Francis Queen, durante apresentação.

E indicou que esta estimativa considera aumento para 83 toneladas por hectare a produtividade média da cana própria da empresa na safra 2025/26, versus 70 toneladas/hectare na safra passada (2022/23).

Esses 3 bilhões de reais estão sendo capturados pela companhia 'gradativamente', distribuídos metade em diminuição de custos fixos, como maquinário e logística de transporte, e outra metade em disponibilidade adicional de produtos, explicou o CFO, Carlos Moura.

'Estamos seguros que em dois anos fechamos o 'gap' e entregaremos o nosso canavial com este potencial', disse ele.

(Por Roberto Samora e Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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