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Brasil facilita importação de grãos transgênicos dos EUA; foco agora é custo

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Colheita de soja em Indiana. REUTERS/Bryan Woolston
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Por Ana Mano e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro publicou uma instrução normativa conferindo segurança jurídica para importações de soja e milho transgênicos dos Estados Unidos, em um momento em que o Brasil lida com baixos estoques e preços recordes desses produtos.

A instrução normativa, segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, reconhece a equivalência de eventos geneticamente modificados entre Brasil e EUA.

A norma busca eliminar incertezas sobre importações dos EUA, já que o país da América do Norte possui eventos transgênicos ainda não aprovados no Brasil, conforme afirmam especialistas.

Os norte-americanos são potenciais fornecedores de grãos ao Brasil, que enfrenta uma escassez de soja, principalmente devido às fortes exportações para a China e diante de aquecida demanda interna.

Com preços recordes de soja e milho, o governo brasileiro zerou a tarifa de importação desses grãos para países de fora do Mercosul, no mês passado.

A norma, publicada na quarta-feira e relatada à Reuters pela assessoria do ministério na noite de quinta-feira, surge na mesma semana em que os EUA confirmaram uma exportação de 30 mil toneladas de soja ao Brasil.

As importações de soja pelo Brasil, contudo, devem ser maiores junto a parceiros do Mercosul, conforme indicam as projeções neste momento.

De janeiro a setembro, as importações de soja pelo Brasil somaram 528 mil toneladas, segundo dados do governo, que apontam o Paraguai como maior fornecedor, com 521 mil toneladas. No ano passado, as compras brasileiras foram de apenas 144 mil toneladas.

Na véspera, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou sua projeção de importação de soja pelo Brasil para 1 milhão de toneladas, ante 850 mil toneladas na estimativa de outubro.

O volume de 1 milhão de toneladas, se confirmado, seria a maior importação pelo Brasil desde 2008, pelo menos, segundo dados da Abiove.

As importações estão fortes após volumosos embarques pelo Brasil, o maior produtor e exportador de soja.

De janeiro a novembro, as exportações do país estão projetadas em 82 milhões de toneladas, versus 69,9 milhões no mesmo intervalo de 2019, com a maior parte das vendas já realizadas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Para novembro, a Anec projeta exportações do Brasil de apenas 688,1 mil toneladas, o menor volume mensal do ano, diante dos baixos estoques.

O Brasil deverá passar para a próxima safra com os menores estoques da história, de 319 mil toneladas, segundo a Abiove.

A partir de janeiro, quando a colheita começa, espera-se que a oferta se regularize. A Abiove elevou na véspera a estimativa de produção de soja do Brasil em 2021 para 132,6 milhões de toneladas, ante 131,7 milhões na previsão anterior, o que seria um novo recorde.

CUSTOS DESAFIAM

Com a norma do ministério, as empresas agora deverão se preocupar mais com questões relacionadas aos custos, e os negócios deverão ser analisados dentro da necessidade de cada empresa, enquanto antecipações de fechamentos de unidades de processamento para manutenção não estão descartadas, devido à escassez.

'O número de 1 milhão (de toneladas na importação) é bem alto, visto que o efeito cambial e as altas em Chicago devem limitar esse fluxo', disse o analista Aedson Pereira, da IHS Markit, lembrando que a soja bateu máximas de mais de quatro anos no mercado dos EUA na véspera.

'Estava conversando com uns colaboradores e o pessoal não chega a se mostrar tão alinhado assim com esse número. Tem gente falando que é melhor paralisar a fábrica. Se Chicago continuar subindo, a situação gera um preço muito alto', acrescentou ele, ponderando que uma queda recente do dólar pode ajudar a equilibrar as contas.

Ele disse que faz mais sentido importar soja dos EUA para aquelas empresas que têm unidades mais próximas dos portos, como Bunge, Coamo e Bianchini, uma vez que os custos logísticos para levar o produto ao interior pesam na balança.

'Essa medida facilita a importação, mas acredito que não deve mudar significativamente o cenário. As compras dos EUA devem ser mais pontuais. O câmbio acaba 'encarecendo' as importações e tem a questão da logística interna, uma vez que a maior parte das esmagadoras está mais distante dos portos', concordou a analista Ana Luiza Lodi, da StoneX.

Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado, disse que a conta da importação fecha 'em alguns lugares', mas também não acredita que a norma do ministério vai causar um 'boom' de importação, citando questões logísticas. Ele manteve a projeção de compras do Brasil de 850 mil a 1 milhão de toneladas em 2020.

(Por Ana Mano e Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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