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Brasil recupera perdas da pandemia em 2021, mas 2022 impõe desafios

Placeholder - loading - Consumidores caminham por rua comercial do Rio de Janeiro 16/09/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Consumidores caminham por rua comercial do Rio de Janeiro 16/09/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A economia do Brasil recuperou-se em 2021 do baque provocado pela pandemia de Covid-19 com o maior crescimento anual em 11 anos, mas a combinação entre inflação e juros elevados deve pesar sobre a atividade neste ano, envolto agora em incertezas provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou em 2021 crescimento de 4,6%, maior taxa desde 2010, quando houve expansão de 7,5%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A reabertura da economia permitiu a retomada da atividade depois de o PIB ter despencado 3,9% em 2020, sob impacto das medidas de contenção ao coronavírus, maior queda desde o início da série histórica do IBGE em 1996. Isso garantiu uma base baixa de comparação para o resultado do ano passado.

A leitura de 2021, entretanto, veio ligeiramente pior do que a projeção oficial do Ministério da Economia, de crescimento de 5,1%. Além disso, o PIB ainda está apenas 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 2,8% abaixo do ponto mais alto na série histórica, no primeiro trimestre de 2014, segundo o IBGE.

'Essa distância já foi bem maior, mas essa diferença ainda é relativamente significativa', destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, citando a crise econômica de 2015/2016 e a pandemia em 2020.

Mas de qualquer forma o PIB terminou o ano com desempenho melhor do que o esperado, com alta de 0,5% no quarto trimestre sobre os três meses anteriores, contra expectativa em pesquisa da Reuters de crescimento de 0,1%. Assim, o país deixou a recessão técnica na qual havia entrado após dois trimestres consecutivos de retração da atividade.

O IBGE revisou números do primeiro e segundo trimestres de 2021, e o PIB apresentou crescimento trimestral de 1,4% entre janeiro e março de 2021 (taxa de +1,3% divulgada antes), com quedas de 0,3% no segundo trimestre (-0,4% antes) e de 0,1% no terceiro.

Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB teve expansão de 1,6%, ante expectativa de 1,1% nessa base de comparação.

FREIOS

Apesar da forte retomada no ano passado, o cenário para 2022 é menos impressionante, com perspectiva de a atividade perder fôlego já nos primeiros meses diante de um cenário de juros altos e inflação persistente, o que tende a frear tanto consumo quanto investimentos.

A taxa básica de juros Selic saiu da mínima de 2% e está em 10,75%, em um ciclo de aperto monetária promovido pelo Banco Central para tentar domar a alta dos preços que deve ter continuidade neste mês, quanto o BC volta a se reunir.

Somam-se ao quadro a variante Ômicron do coronavírus, bem como incertezas em ano de eleição presidencial, que deixa a cena fiscal sob os holofotes. E desde a semana passada entraram ainda na lista de interrogações a invasão da Ucrânia pela Rússia e como isso irá afetar a inflação e o crescimento mundial.

No entanto, em meio a tantas dúvidas, o rali global das commodities e a normalização dos choques de oferta, com retomada das cadeias produtivas, podem favorecer a economia e levar economistas a melhorar suas projeções para 2022.

'O PIB de hoje dá sinais de que existe uma base para crescimento (em 2022), podendo ser algo em torno de 1%', avaliou Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, cuja estimativa de expansão para este ano é de 0,5%.

INDÚSTRIA E SERVIÇOS

O grande destaque em 2021 foi a recuperação dos Serviços, o setor com maior peso na economia e o mais afetado pela pandemia devido à sua dependência do contato social. O setor registrou aumento de 4,7% no ano, depois de contração de 4,3% em 2020, com todas as atividades componentes em alta, sobretudo transporte, armazenagem e correio.

Ainda do lado da produção, a Indústria apresentou crescimento de 4,5% em 2021, recuperando as perdas de 3,4% de 2020, impulsionada pelo ganho de 9,7% da construção.

Já a Agropecuária recuou 0,2% no ano passado, após expansão de 3,8% em 2020, devido à estiagem prolongada e a geadas no país, com culturas como cana-de-açúcar, milho e café apresentando perdas.

Nas despesas, a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, disparou 17,2% em 2021, favorecida pela construção e pela produção interna de bens de capital.

As despesas também aumentaram, com as das famílias crescendo 3,6% e as do governo aumentando 2,0%, de recuos de 5,4% e 4,5%, respectivamente, em 2020.

'O consumo das famílias não recuperou as perdas por conta do mercado de trabalho e da renda menor, da inflação dos preços --em especial combustíveis e energia. E os serviços presenciais ainda não voltaram a normalidade', explicou Palis, do IBGE.

Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram alta de 5,8%, enquanto as Importações dispararam 12,4%, com a balança comercial, portanto, contribuindo de forma negativa para o PIB.

Já o quarto trimestre teve a Agropecuária como destaque, com avanço de 5,8% sobre os três meses anteriores, antes do que pode ser um 2022 forte para o setor com a alta dos preços das commodities.

Nos últimos três meses de 2021, Serviços aumentaram 0,5% e a Indústria encolheu 1,2%. As Despesas das Famílias aumentaram 0,7% nessa base de comparação e as do governo cresceram 0,8%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 0,4%.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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