Brasil tem 48.105 novos casos de Covid-19 e se aproxima de 1,5 milhão de infecções
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Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta quinta-feira o segundo maior número diário de casos de coronavírus desde o início da pandemia, com a contabilização de 48.105 novas infecções, cifra que eleva o total no país a 1.496.858, segundo o Ministério da Saúde.
A quantidade de novos casos fica abaixo somente dos quase 55 mil casos notificados em 19 de junho -- quando o ministério afirmou que o alto número diário foi causado pela inclusão no sistema com atraso de casos do dia anterior em alguns Estados.
Em relação às mortes, foram registrados nesta quinta-feira 1.252 novos óbitos, fazendo com que o total atinja 61.884.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior contagem de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,7 milhões de infecções confirmadas e mais de 128 mil óbitos.
O Ministério da Saúde tem registrado avanço recente da doença pelas regiões Sul e Centro-Oeste, inicialmente menos afetadas pela doença, disseram autoridades da pasta na quarta-feira, acrescentando que mais de 90% dos municípios brasileiros já registraram casos de coronavírus.
Apesar de o país estar no pico da pandemia, muitos Estados e municípios já iniciaram processos de retomada econômica e flexibilização dos isolamentos -- incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, os Estados mais afetados pela doença no Brasil.
São Paulo, segundo o ministério, atingiu 302.179 casos e 15.351 óbitos. O governo paulista estimou, em entrevista coletiva concedida por autoridades nesta quinta-feira, que o Estado pode chegar a 15 de julho com até 23 mil mortes e 470 mil casos de Covid-19.
O Rio de Janeiro, por sua vez, tem 116.823 infecções e 10.332 mortes, com um elevado índice de 60 óbitos para cada 100 mil habitantes -- ante 29 óbitos a nível nacional, se considerada a mesma proporção. Apenas Amazonas e Ceará, ambos com 69 mortes a cada 100 mil pessoas, têm taxas maiores.
Ainda assim, a capital fluminense levou em conta uma redução recente nos óbitos e se adiantou no processo de reabertura, autorizando a partir desta quinta-feira que os cariocas voltem a frequentar academias, bares e restaurantes. A decisão foi considerada precipitada por especialistas.
'Estudos mostram que enquanto não tivermos a vacina e se a prevalência está baixa, ao fazermos uma reabertura deixamos a cidade, Estado ou país suscetível a uma segunda onda (de infecções)... É temerária qualquer abertura que não olhe para a prevalência da doença', disse à Reuters o infectologista Miguel Haddad.
Ceará (115.524 casos e 6.284 mortes) e Pará (108.067) infecções, 5.004 óbitos) completam o grupo de Estados brasileiros que ultrapassaram a marca de 100 mil casos.
O Brasil, ainda de acordo com o ministério, possui 852.816 pacientes recuperados da Covid-19 e 582.158 em acompanhamento.
A taxa de letalidade da doença no país é de 4,1%.
Os dados foram atualizados às 18h desta quinta-feira.
Veja um gráfico de casos pelo mundo: https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S43G/index.html
(Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
Escrito por Reuters
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