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Brasil tem quase 1,7 milhão de indígenas, mostra Censo 2022

Placeholder - loading - Mulheres indígenas Kayapó durante evento Diálogos da Amazônia em Belém 04/08/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Mulheres indígenas Kayapó durante evento Diálogos da Amazônia em Belém 04/08/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Rodrigo Viga Gaier

(Reuters) - O Brasil tinha no ano passado quase 1,7 milhão de indígenas vivendo no país, mostraram dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira.

Os números mostraram um total de 1.693.535 pessoas indígenas no país em 2022, o que representava 0,83% da população.

'Não podemos negar que 2023 pode ser um marco. O marco que a gente quer é esse. O marco temporal da participação indígena. O marco temporal do protagonismo indígena. O marco temporal dos povos indígenas estarem juntos, compondo o Poder Executivo para construir políticas públicas adequadas às nossas diferentes realidades', comemorou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, em evento de apresentação do Censo, referindo-se ao momento como 'histórico'.

Em 2010, o IBGE havia contabilizado 896.917 mil indígenas no Brasil, ou 0,47% do total de residentes no território nacional. O instituto explicou que o aumento expressivo desse contingente pode ser explicado por mudanças metodológicas do Censo.

De acordo com o IBGE, a pergunta 'Você se considera indígena?', que em levantamentos anteriores estava presente somente no questionário para Terras Indígenas oficialmente delimitadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), foi estendida para outros agrupamentos indígenas identificados pelo instituto, além de outras áreas urbanas e rurais.

Para Guajajara, outros fatores também influenciaram na diferença.

'Pode ser porque antes não se contava diretamente, ou pode ser também que muita gente, assim como foi durante toda a nossa história, em algum momento povos indígenas negavam a sua própria identidade com medo da violência. Não se assumia o que é porque tinha medo de morrer', explicou a ministra indígena.

'E nós estamos hoje em um momento em que povos indígenas, que também estão na cidade... têm o prazer, têm o orgulho de dizer 'eu sou indígena'.'

Também presente no evento, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, lembrou que o levantamento irá subsidiar a formulação de políticas públicas.

'Não é que aumentou a população indígena necessariamente. É que eram invisíveis, porque o Estado não chegava até eles. Então, como fazer política pública eficiente se você não sabe onde eles estão, o que pensam, do que estão precisando?', argumentou Tebet.

Marta Antunes, responsável pelo projeto sobre povos tradicionais do IBGE, explicou que 'só com os dados por sexo, idade e etnia e os quesitos de mortalidade, fecundidade e migração será possível compreender melhor a dimensão demográfica do aumento do total de pessoas indígenas entre 2010 e 2022, nos diferentes recortes'.

A maior parte dos indígenas do país (51,25%,ou 867,9 mil) vivia nos Estados da Região Norte, no Mato Grosso e parte do Maranhão. Essa região contempla a chamada Amazônia Legal.

A Região Norte concentrava 44,48% da população indígena em 2022, totalizando 753.357 pessoas. Outros 31,22%, ou 528.800 pessoas, estavam na região Nordeste.

Amazonas (490,9 mil) e Bahia (229,1 mil) lideraram como os Estados com o maior número de indígenas em 2022 e concentravam 42,51% do total dessa população no país.

Já a cidade de Manaus era o município brasileiro com maior número de pessoas indígenas, com 71,7 mil. Depois da capital amazonense, vinham as cidades de São Gabriel da Cachoeira, que tinha 48,3 mil habitantes indígenas, e Tabatinga, com 34,5 mil, ambas também no Estado do Amazonas.

A Terra Indígena Yanomami, que ocupa partes do Estado do Amazonas e de Roraima, era a que tinha o maior número de indígenas, com 27.152, seguida pela Raposa Serra do Sol, em Roraima, com 26.176 habitantes indígenas, e pela Évare I, no Amazonas, com 20.177.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello, em Brasília)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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