Brasil totaliza mais de 107 mil casos e 7,3 mil mortes por Covid-19
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Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil ultrapassou os 107 mil casos confirmados de coronavírus e o total de mortes chegou a 7.321 nesta segunda-feira, com aumentos de 6.633 infecções e 296 óbitos ao longo das últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.
O número desta segunda-feira foi atualizado pela pasta às 20h e indica que a contabilização diária de novos casos voltou a subir após três quedas seguidas entre o feriado do Dia do Trabalho e o domingo --embora não supere o recorde de 7.218 registrado em 30 de abril.
O Ministério da Saúde reconhece que há uma lentidão na contabilização de casos durante feriados e finais de semana, e que uma atualização só costuma ocorrer ao longo da semana.
O número diário de mortes desta segunda-feira, segundo os números atualizados, representa uma alta de 21 ante a véspera, quando foram registrados 275 óbitos.
Em relação à recuperação de pacientes acometidos pela Covid-19, o Brasil soma 45.815 curados e 54.644 em recuperação.
Estado mais afetado pelo coronavírus, São Paulo atingiu as marcas de 32.187 casos, alta de 415 em relação à véspera, e 2.654 mortes, avanço de 27 na comparação diária.
O governador paulista, João Doria (PSDB), voltou a defender o isolamento social e anunciou nesta segunda-feira que o uso de máscaras por pessoas em deslocamento passará a ser obrigatório no Estado a partir de quinta-feira.
'Não fosse isso (o isolamento) nós teríamos hoje aqui em São Paulo 10 vezes mais mortes do que o volume de óbitos obtidos até o presente momento', afirmou Doria em coletiva de imprensa, sem detalhar a origem dos números.
Na sequência da contagem do Ministério da Saúde vem o Rio de Janeiro, com 11.721 casos e 1.065 mortes. O governo fluminense, que vê uma curva descontrolada de casos, renovou na semana passada o isolamento social, que agora vai até 15 de maio. [nL1N2CI0SV]
'O Estado tem tido dificuldade de receber suas encomendas (incluindo de respiradores)', disse o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, nesta segunda-feira.
'O Brasil ficou no final da fila na infecção de Covid-19... Isso trouxe vantagem competitiva para entender a doença, mas uma grande desvantagem competitiva por respiradores e outros insumos, que já não estavam mais à disposição', acrescentou.
Após São Paulo e Rio de Janeiro, os Estados mais atingidos pela pandemia no Brasil são Ceará, que possui 11.040 casos e 712 mortes, e Pernambuco, com 8.863 infecções e 691 óbitos, segundo o ministério.
O Amazonas, cujo sistema de saúde já entrou em colapso, chegou a 7.242 casos, além de 584 óbitos.
O Tocantins, com 267 casos e seis mortes registradas, é a unidade da federação com os menores números de coronavírus.
A letalidade da doença no país é de 6,8% dos casos, concluiu o ministério em boletim epidemiológico.
(Com reportagem adicional de Eduardo Simões e Pedro Fonseca e Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)
Escrito por Reuters
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