BRF vê menores custos para exportar carnes e 'prováveis' novas habilitações
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SÃO PAULO (Reuters) - Os custos do frete para exportar carnes caíram quase a níveis pré-pandemia recentemente, com uma melhora do fluxo de navios e da oferta de contêineres após lockdown chinês que havia desorganizado o mercado, disse nesta quarta-feira o CEO da BRF, Miguel Gularte.
Em entrevista a jornalistas, ele afirmou ainda que há a expectativa de abertura de mais fábricas da BRF para exportação nos próximos 40 dias, ou até antes desse prazo.
Após participação no XP Agro Conference, Gularte destacou que a redução de custos com transporte, também registrada no frete rodoviário interno de soja e milho, é 'um fator que é super importante' para a companhia.
'Estamos vendo não só os fretes internacionais caírem, e já caíram bastante, como também os fretes nacionais, para transportar soja e milho internamente e para transportar produtos externamente', afirmou Gularte.
Segundo ele, os fretes para exportar carne resfriada e congelada 'baixaram bastante', porque rotas de navios que estavam paradas com o lockdown chinês voltaram a se abrir, 'e os fluxos voltaram a acontecer'.
Ele não quis estimar a redução de custos logísticos, mas disse que a diminuição foi 'a níveis quase pré-pandemia'.
'Isso é uma coisa muito recente, os contratos de frete começaram a voltar a uma normalidade nos últimos 20 a 30 dias', completou.
O executivo disse que essa redução nos custos vai ser refletida para a companhia ao longo do ano.
NOVAS HABILITAÇÕES
O CEO da BRF lembrou que a empresa teve mais de 15 fábricas habilitadas a exportar em dois meses, e que há expectativa de que novas aberturas.
'É possível e, mais que possível, é provável', afirmou ele, que espera que isso ocorra nos próximos 40 dias, ou antes.
Sobre a nova concorrência na compra de milho brasileiro com a China, que passou a importar o cereal nacional nos últimos meses, Gularte disse que a companhia está 'bem posicionada'.
A respeito do consumo de proteínas na China, ele destacou que as informações que chegam são de que a demanda atingiu níveis próximos da pré-pandemia e em, alguns setores, até superou os patamares de antes da Covid-19.
Em relação ao mercado brasileiro, também importante fonte de receita da empresa, ele disse que o consumo de produtos natalinos em dezembro 'foi bem interessante', mas não adiantou números.
(Por Roberto Samora)
Escrito por Reuters
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