Canadá defende envio de navio para Cuba para dissuadir a Rússia
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OTTAWA (Reuters) - O governo liberal canadense, criticado por parlamentares da oposição por enviar um navio de patrulha a Havana enquanto embarcações russas estavam lá, disse nesta segunda-feira que a visita tinha o objetivo de mandar uma mensagem de dissuasão a Moscou.
O navio de patrulha da Marinha canadense atracou ao porto na sexta-feira, dois dias após a chegada de um submarino com propulsão nuclear e uma fragata da Rússia. Canadá e Estados Unidos disseram que estão monitorando os navios de perto.
'A mobilização… envia uma mensagem muito clara de que o Canadá tem um Exército capaz e mobilizável e não hesitaremos em fazer o necessário para proteger nosso interesse nacional', disse o ministro da Defesa, Bill Blair, a jornalistas.
'As Forças Armadas canadenses continuarão acompanhando os movimentos e as atividades dos navios russos', acrescentou.
'A presença é dissuasão. Estávamos presentes.'
Tanto os EUA quanto Cuba dizem que os navios de guerra russos não representam uma ameaça à região. A Rússia também caracterizou a chegada dos navios à aliada Cuba como rotina.
Tradicionalmente, o Canadá tem sido um dos aliados ocidentais mais próximos de Cuba e manteve relações depois da revolução cubana de 1959. Essas relações tendem a ser melhores em governos liberais porque a oposição oficial dos conservadores, de centro-direita, é mais firmemente anti-comunista.
'Por que o governo de Trudeau está enviando um navio de guerra canadense para 'comemorar' relações com uma ditadura comunista -- ainda mais quando navios de guerra russos estão atracados lá? Cuba e Rússia não são aliados do Canadá', afirmou o porta-voz de Relações Exteriores dos Conservadores, Michael Chong, em uma publicação nas redes sociais.
O primeiro-ministro Justin Trudeau fez uma visita oficial a Cuba em novembro de 2016. Alguns dias após a morte do ex-líder Fidel Castro, Trudeau referiu-se a ele como um 'líder notável', provocando a insatisfação dos conservadores.
(Reportagem de David Ljunggren)
Escrito por Reuters
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