Candidata antiguerra diz que foi impedida de enfrentar Putin em eleição russa
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MOSCOU (Reuters) - A Suprema Corte da Rússia manteve a decisão de impedir que a ex-jornalista de TV Yekaterina Duntsova, que se opõe à guerra na Ucrânia, participe da eleição presidencial do país em março, disse ela nesta quarta-feira.
Os membros da comissão eleitoral central votaram de forma unânime pela rejeição da candidatura de Duntsova, citando 'inúmeras violações' nos documentos que ela havia apresentado em apoio a sua candidatura.
Duntsova, em uma publicação em seu canal no Telegram, confirmou que seu recurso contra a decisão havia sido rejeitado pela Suprema Corte.
Ela disse que agora planeja criar um novo partido político para pessoas que desejam 'paz, liberdade e democracia' -- ideias que Duntsova disse serem atraentes para dezenas de milhões de russos cujas vozes, segundo ela, não estavam sendo representadas.
Duntsova não é muito conhecida na Rússia e, como ela mesma admite, comanda uma base de apoio de apenas algumas milhares de pessoas, em um país com mais de 140 milhões de habitantes. Ela já havia dito à Reuters que achava que havia sido injustamente desqualificada.
A comissão eleitoral central afirma que suas decisões são puramente baseadas em regras e que seu trabalho é garantir que os candidatos em potencial sigam os procedimentos corretos.
Espera-se que o atual presidente Vladimir Putin, que está no poder como presidente ou primeiro-ministro há mais de 20 anos e não enfrenta uma concorrência séria, ganhe confortavelmente outro mandato de seis anos em março.
O Kremlin aponta para pesquisas de opinião que dão a Putin, de 71 anos, um índice de aprovação de cerca de 80%. O governo diz ainda que a maioria dos russos apoia o que chama de 'operação militar especial' na Ucrânia.
(Por Reuters)
Escrito por Reuters
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