Candidato favorito à Presidência de Taiwan diz em viagem aos EUA que terá paz como 'farol'
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TAIPÉ (Reuters) - O candidato presidencial e vice-presidente de Taiwan, William Lai, prometeu durante uma visita a San Francisco tomar a paz como seu 'farol' e a democracia como seu guia, na escala final de uma viagem aos Estados Unidos e Paraguai que a China tem condenado.
Lai está fazendo uma breve parada na cidade norte-americana no caminho de volta para Taipé, após visitar o Paraguai para a posse do presidente Santiago Peña, tendo parado em Nova York na ida.
A China, que reivindica Taiwan como seu território, denunciou as paradas nos Estados Unidos e chamou Lai de separatista e 'criador de problemas'.
Em um discurso para apoiadores intitulado 'Construindo um país inovador e próspero', Lai elogiou o papel fundamental de Taiwan na cadeia global de fornecimento de tecnologia e disse que transformará a ilha no Vale do Silício da Ásia.
'Aqui faço minha promessa a todos: daqui para frente, farei tudo o que puder para liderar Taiwan continuamente com a paz como farol e a democracia como bússola', disse Lai em comentários transmitidos ao vivo pela televisão taiuanesa nesta quinta-feira.
'Temos um objetivo comum, que é fazer de Taiwan o MVP do mundo democrático', disse ele, referindo-se ao termo esportivo norte-americano 'jogador mais valioso' (MVP, na sigla em inglês).
'Durante os bons e maus momentos, Taiwan tem estado junto com as sociedades democráticas nas últimas décadas. Taiwan nunca esteve sozinha', disse Lai, acrescentando que os laços Taiwan-EUA são 'bons sem precedentes'.
O discurso terminou com a multidão gritando 'vá para Taiwan' e 'seja eleito', uma referência às eleições de janeiro em Taiwan, nas quais Lai é o favorito.
Os Estados Unidos não têm laços formais com Taiwan, mas são obrigados por lei a fornecer à ilha os meios para se defender.
Autoridades taiuanesas disseram que a China provavelmente conduzirá exercícios militares nesta semana perto da ilha, usando as escalas de Lai nos Estados Unidos como pretexto para intimidar os eleitores antes da eleição do próximo ano e fazê-los 'temer a guerra'.
(Por Yimou Lee e Ben Blanchard)
Escrito por Reuters
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