CBF demite Diniz; fontes dizem que há interesse em Dorival Jr
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O técnico Fernando Diniz não seguirá no comando da seleção brasileira, informou nesta sexta-feira a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), enquanto fontes a par do assunto disseram que o atual técnico do São Paulo, Dorival Júnior, está sendo considerado para o cargo.
Em nota, a CBF informou que seu presidente, Ednaldo Rodrigues, conversou na quinta-feira com o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, a respeito da decisão de contratar um técnico em definitivo para a seleção brasileira.
'A decisão foi informada ao técnico Fernando Diniz pelo próprio presidente, nesta sexta-feira, quando explicou os motivos da antecipação no processo de escolha de um treinador definitivo', afirma a nota, que agradece ainda o trabalho realizado por Diniz.
O treinador comandou o Brasil por apenas seis jogos, com três derrotas, um empate e duas vitórias. Ele conciliou o trabalho com o Fluminense, clube pelo qual foi campeão da Copa Libertadores no ano passado.
“A saída do Diniz se deve aos resultados da seleção, que não foram os esperados“, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters. O Brasil está atualmente no incômodo sexto lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
A CBF sonhava com o italiano Carlo Ancelotti para assumir a seleção este ano, mas o técnico preferiu renovar contrato com o Real Madrid. Agora, o predileto de Ednaldo para comandar o time é Dorival, segundo as fontes, que falaram sob condição de anonimato.
'O Ednaldo já abriu conversas com o presidente do São Paulo, Júlio Casares, para manifestar o interesse em Dorival Júnior', disse a segunda fonte. “Ele explicou que tinha pressa e queria o Dorival logo por causa do início da temporada. O Júlio afirmou que ia conversar com o Dorival e que a situação será resolvida até segunda-feira“.
Ednaldo voltou ao comando da CBF na quinta-feira, graças a uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que alegou que a destituição do dirigente pela Justiça poderia causar danos e prejuízos ao futebol brasileiro por conta do estatuto da Fifa.
Ele havia sido afastado no início de dezembro pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atendendo a um pedido de ex-vices-presidentes da CBF que perderam seus cargos no âmbito de um acordo firmado pela confederação com o Ministério Público, em 2022, sobre o processo eleitoral para a presidência da confederação.
Escrito por Reuters
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