Células-tronco podem diminuir lesões de quem sofreu AVC
A nova terapia poderia ser aplicada mesmo quatro horas e meia após o AVC.
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Pesquisadores descobriram que a utilização de células-tronco pode diminuir lesões causadas pela isquemia cerebral em camundongos. A técnica pode ajudar na recuração de vítimas de AVC isquêmico - quando uma veia do cérebro é bloqueada (por um trombo) e parte dele deixa de ser irrigada, levando à morte de neurônios.
Hoje, dois procedimentos podem ser utilizados por pacientes que sofreram um AVC isquêmico. O primeiro é a terapia de recanalização intravascular, quando um medicamento ativador de plasminogênio é aplicado para desfazer o trombo. A segunda opção é um cateterismo para desobstruir, mecanicamente, o vaso para que o sangue volte a circular.
As terapias disponíveis, no entanto, só têm eficácia se aplicadas em até quatro horas e meia após o AVC. Depois disso, a morte celular é irreversível. A nova técnica surge como uma possibilidade de tratamento mesmo depois desse intervalo.
Os resultados do estudo foram publicados na Nanomedicine: Nanotechnology, Biology and Medicine. O artigo tem como primeira autora Laura Zamproni e é parte de seu doutorado na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
Não é a primeira vez que cientistas tentam usar células-tronco para recuperar uma área danificada do cérebro de cobaias. Nas tentativas anteriores, no entanto, quando implantadas diretamente na lesão, quase nenhuma célula sobreviveu. E quando injetadas na corrente sanguínea, ficaram retidas nos rins ou nos pulmões dos animais.
O que o este estudo traz de novo é o uso de um material que, além de não tóxico, aumenta a sobrevivência das células, fazendo com que elas fiquem na região da lesão, diminuindo a inflamação. Após alguns meses, com a área já recuperada, o material é totalmente absorvido pelo corpo.
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