CEO da Activision diz que haveria 'revolta' caso 'Call of Duty' se tornasse exclusivo
Publicada em
Por Greg Bensinger e Diane Bartz
SÃO FRANCISCO/WASHINGTON (Reuters) - O presidente-executivo da Activision Blizzard, Bobby Kotick, disse a um juiz nesta quarta-feira que se a Microsoft comprasse sua empresa e impedisse outras plataformas de jogos de oferecer seu sucesso 'Call of Duty', isso afastaria muitas das 100 milhões de pessoas que jogam o game mensalmente e prejudicaria sua popularidade.
'Você teria uma revolta caso retirasse o jogo de uma plataforma', disse Kotick em seu depoimento, com o objetivo de mostrar por que a juíza Jacqueline Scott Corley, em São Francisco, deveria permitir a continuação do acordo de 69 bilhões de dólares.
A aquisição está enfrentando resistência do governo em parte devido a preocupações de que a Microsoft possa tornar o jogo exclusivo para o Xbox, seu console, ou limitar de alguma forma sua distribuição. Kotick tentou acalmar esses receios nesta quarta-feira, dizendo ser vital o oferecimento do jogo em várias plataformas, incluindo consoles, celulares e PCs.
O presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, também estava marcado para testemunhar nesta quarta-feira.
A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) pediu a um juiz que suspendesse temporariamente a aquisição da Microsoft para permitir que um magistrado interno da agência decidisse o caso.
A FTC, que aplica a lei de concorrência, tem adotado uma linha mais dura em relação a fusões durante o governo Biden. A agência diz que a operação dará à Microsoft, fabricante do Xbox, acesso exclusivo aos jogos da Activision, deixando Nintendo e Sony de lado.
(Reportagem de Diane Bartz em Washington e Greg Bensinger em São Francisco)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO