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Sob forte pressão, chanceler Ernesto Araújo pede demissão, dizem fontes do governo

Placeholder - loading - 02/03/2021 REUTERS/Adriano Machado
02/03/2021 REUTERS/Adriano Machado
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu nesta segunda-feira sua demissão do cargo ao presidente Jair Bolsonaro, disseram à Reuters duas fontes do governo a par do assunto sob condição de anonimato.

Ameaçado nas últimas semanas, com uma pressão crescente do Congresso pela sua saída, Araújo foi ao Palácio do Planalto no final da manhã desta segunda apresentar sua demissão, depois de informar a seus auxiliares mais próximos da sua intenção.

Depois de uma semana em que parlamentares --inclusive os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)-- pediram abertamente sua demissão, Araújo usou sua conta no Twitter no final de semana para atacar a presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senadora Kátia Abreu (PP-TO), e terminou por enterrar suas chances de se manter no cargo.

Araújo insinuou que a senadora fazia pressão pela sua saída por comprar os interesses chineses no leilão de 5G no país --uma narrativa adotada pelos grupos radicais bolsonaristas nas redes sociais.

A reação de Kátia e dos demais senadores foi imediata e dura, inclusive com quatro deles preparando um pedido de impeachment a ser apresentado à mesa da Câmara dos Deputados.

A saída do chanceler ainda não foi anunciada oficialmente pelo Palácio do Planalto. De acordo com uma das fontes, Bolsonaro quer anunciar sua saída já com o nome de um substituto, mas esse nome ainda não foi definido.

A Reuters procurou a Presidência da República e o Itamaraty, mas não obteve resposta.

Os parlamentares já fizeram chegar ao Planalto que não aceitam um nome que siga a mesma política de Araújo.

'Não queremos uma troca de Ernesto por Ernesto. Queremos por alguém que tenha estofo, experiência', disse Kátia Abreu.

Nas últimas horas, voltou a circular, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o nome do almirante Flávio Rocha, que ocupa a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de Comunicação da Presidência e é hoje um dos principais conselheiros do presidente.

Dentro do governo o nome do almirante, que é da ativa, é visto como um nome palatável por ter bom trânsito e não ser ligado à ala ideológica do governo. No Senado, no entanto, Flávio Rocha é visto com desconfiança e enquadrado na categoria de 'mais um Ernesto'. Já no Itamaraty, o que não agrada é a diplomacia ser chefiada por um militar. Mesmo na ditadura militar, apenas o primeiro chanceler, Juracy Magalhães, tinha formação militar.

Dentro do Senado, de acordo com uma fonte, aparece o nome do senador Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República que tem se aproximado muito de Bolsonaro, mas o nome não circula no Planalto.

Dois nomes de diplomatas, a embaixadora Maria Nazareth Farani, chefe do consulado brasileiro em Nova York, e o embaixador do Brasil em Paris, Luis Fernando Serra, que se tornaram ardorosos defensores das visões bolsonaristas no exterior, também são considerados alternativas.

Da mesma forma, aparece o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Foster, que tem a simpatia de Eduardo Bolsonaro mas foi quem apresentou Olavo de Carvalho, o guru do bolsonarismo radical, a Ernesto Araújo --o que o classificaria como 'outro Ernesto'.

O governo também tenta encontrar uma 'saída honrosa' para Araújo, mas a disposição dos senadores de colaborar é próxima a zero.

Kátia Abreu deixou claro que, neste momento, o chanceler não teria seu nome aprovado para nenhuma embaixada. De acordo com fontes, cogita-se indicá-lo para postos que não precisem de aprovação do Senado, como a representação brasileira na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas a indicação tem resistências dentro do próprio governo.

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

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