Veja todas as Notícias.Chefe da ONU apoia ideia de fiscalizador global de IA inspirado em agência nuclear
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Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, apoiou nesta segunda-feira uma proposta de executivos de inteligência artificial para a criação de um órgão internacional de vigilância da IA nos moldes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A tecnologia de IA generativa que pode gerar textos críveis tem cativado o público desde que o ChatGPT foi lançado há seis meses e tornou-se o aplicativo de crescimento mais rápido de todos os tempos. A IA também tem se tornado foco de preocupação devido à sua capacidade de criar imagens deepfake e outras formas de desinformação.
'Os alarmes sobre a mais recente forma de inteligência artificial -- a IA generativa -- são ensurdecedores. E são mais altos vindos dos desenvolvedores que a projetaram', disse Guterres a jornalistas. 'Temos de levar esses avisos a sério.'
O secretário-geral já havia anunciado planos para começar a trabalhar, até o final do ano, em um órgão consultivo de IA de alto nível para revisar regularmente os acordos de governança da área e oferecer recomendações sobre como eles podem se alinhar com os direitos humanos, o Estado de Direito e o bem comum.
Nesta segunda-feira, Guterres foi além: 'Eu seria favorável à ideia de que poderíamos ter uma agência de inteligência artificial... inspirada no que a agência internacional de energia atômica é hoje'.
Guterres disse que tal modelo poderia ser 'muito interessante', mas observou que 'somente os Estados-membros podem criá-lo, não o Secretariado das Nações Unidas'.
Sediada em Viena, a AIEA foi criada em 1957 e promove o uso seguro, protegido e pacífico de tecnologias nucleares enquanto fiscaliza possíveis violações do Tratado de Não-Proliferação (NPT). Ela possui 176 Estados-membros.
A OpenAI, criadora do ChatGPT, disse no mês passado que um órgão nos moldes da agência nuclear poderia impor restrições à implantação, verificar a conformidade com os padrões de segurança e monitorar o uso de capacidade computacional.
Escrito por Reuters
