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Chefe de política externa da UE pede que bloco avalie sanções contra 2 ministros de Israel

Placeholder - loading - Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell 31/07/2024 REUTERS/Francesco Guarascio
Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell 31/07/2024 REUTERS/Francesco Guarascio

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BRUXELAS (Reuters) - O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira que pediu para os membros do bloco considerarem a imposição de sanções contra dois ministros israelenses por “mensagens de ódio” contra palestinos, que segundo ele feriram a lei internacional.

Ele não nomeou nenhum dos políticos, mas nas últimas semanas criticou publicamente o titular da Segurança, Itamar Ben-Gvir, e o das Finanças, Bezalel Smotrich, por declarações que descreveu como “sinistras” e “incitação a crimes de guerra”.

Borrell afirmou que os ministros das Relações Exteriores da UE discutiram a proposta em um encontro em Bruxelas nesta quinta-feira. Ele contou que não houve unanimidade, que seria necessária para a imposição de sanções, mas que as conversas sobre o assunto continuarão.

“Os ministros decidirão. É atribuição deles, como sempre. Mas o processo foi iniciado”, afirmou.

Ele disse ter proposto que os ministros israelenses sofram sanções por violações dos direitos humanos. Sanções da União Europeia geralmente são a proibição de viagens para o bloco e o congelamento de ativos na União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, acusou Borrell de atingi-lo com acusações falsas de que teria pedido que palestinos fossem expulsos da Cisjordânia. “Oponho-me à retirada de qualquer população de suas casas”, disse.

Diplomatas afirmam que é improvável que a UE obtenha a unanimidade necessária entre seus 27 membros para impor as sanções. Mas a decisão de Borrell de ventilar tal proposta indica o nível de descontentamento entre autoridades europeias com as palavras e as ações de ministros da extrema-direita israelense.

Até ministros de países que são aliados firmes de Israel, como Alemanha e República Tcheca, não descartaram imediatamente sanções quando perguntados por repórteres nos bastidores das reuniões desta quinta-feira.

A Irlanda, um dos membros da UE mais pró-Palestina, disse apoiar a proposta: “Apoiaremos a recomendação de Josep Borrell para sanções a respeito de organizações de colonos na Cisjordânia, que estão facilitando a expansão de assentamentos, e também contra os ministros israelenses”, afirmou o chanceler irlandês, Micheal Martin.

Seu colega Italiano, Antonio Tajani, descartou a ideia: “Temos que resolver os problemas, convencer os israelenses a tomarem decisões que levarão a um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Essa é a prioridade real”, disse.

Escrito por Reuters

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