Chefe do Pentágono conversa com ministro da Defesa da Rússia
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WASHINGTON (Reuters) - Os chefes de Defesa dos Estados Unidos e da Rússia conversaram por telefone nesta terça-feira, pela primeira vez em mais de um ano, e os dois lados deram relatos amplamente divergentes sobre a conversa.
O Pentágono disse que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov, discutiram a importância de linhas abertas de comunicação.
Austin iniciou a conversa e foi a primeira ligação do tipo desde março de 2023, disse a jornalistas o porta-voz do Pentágono, major-general da Força Aérea Patrick Ryder.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que Belousov alertou Austin sobre os perigos da continuidade do fornecimento de armas dos EUA à Ucrânia em seu conflito de 28 meses com a Rússia.
'A.R. Belousov apontou para o perigo de uma nova escalada da situação por meio do fornecimento contínuo de armas americanas para as forças armadas ucranianas', disse comunicado do ministério no aplicativo de mensagens Telegram.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, a anexação de quatro de suas regiões e o lento avanço pelo leste da Ucrânia fizeram com que as relações de Moscou com Washington atingissem seu pior nível desde a crise dos mísseis de Cuba em 1962.
Na última de uma longa série de alegações, Moscou disse no fim de semana que os Estados Unidos eram responsáveis por um ataque ucraniano na península da Crimeia, anexada pela Rússia, com cinco mísseis fornecidos pelos EUA que mataram quatro pessoas.
O fornecimento de armas dos EUA para a Ucrânia foi retomado em abril com a aprovação pelo Congresso de um pacote de ajuda de 61 bilhões de dólares. Os Estados Unidos afirmam que apoiam as exigências ucranianas para que as tropas russas deixem a Ucrânia e para que as fronteiras pós-soviéticas do país sejam restauradas.
Na última ligação de Austin com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, o secretário de Defesa disse que apontou o comportamento arriscado dos pilotos de caça russos que causou a queda de um drone dos EUA no Mar Negro, perto da Ucrânia.
(Reportagem de Idrees Ali e Ron Popeski)
Escrito por Reuters
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