Chegadas de imigrantes ilegais à Espanha quase dobram em 2023
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Por Joan Faus
MADRI (Reuters) - Cerca de 57.000 imigrantes entraram irregularmente na Espanha no ano passado, quase o dobro do registrado em 2022, e as chegadas pelas Ilhas Canárias em frágeis embarcações do oeste da África atingiram níveis recordes, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.
O governo espanhol intensificou seus contatos no ano passado com autoridades em países como Senegal e Mauritânia na tentativa de reverter a tendência. A Espanha também precisou criar acomodações adicionais de emergência para imigrantes em quartéis militares, hotéis e hostels em todo o país.
Um total de 56.852 imigrantes entraram ilegalmente na Espanha por terra ou mar em 2023, um crescimento de 82% em relação ao ano anterior e o maior número desde 2018, quando 64.298 chegadas foram registradas, segundo dados do Ministério do Interior.
As Ilhas Canárias receberam a maior parte das chegadas, 39.910 -- crescimento de 154% em relação ao ano anterior e acima do recorde anterior do arquipélago, em 2006, de 31.678 pessoas.
A ministra de Imigração, Elma Saiz, visitou o arquipélago na terça-feira para se encontrar com autoridades para levar a mensagem de que, segundo ela, elas não “estão sozinhas” para lidar com o influxo.
As sete ilhas ficam a 100 quilômetros da costa noroeste da África e tornaram-se o principal destino de imigrantes do Senegal e de outros países africanos que tentam chegar à Espanha em busca de uma vida melhor ou fugindo de conflitos.
(Reportagem de Joan Faus)
Escrito por Reuters
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