China decidirá nova data para visita de Lula ao Brasil, diz ministro
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(Reuters) - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse neste domingo que o governo chinês decidirá uma nova data para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, acrescentando que a assinatura de acordos entre Pequim e Brasília foi adiada.
'Todas as ações do governo estão adiadas, inclusive as do Ministério da Agricultura', disse Fávaro, que chegou à China na semana passada, em entrevista coletiva em Pequim.
'Quando o governo chinês estiver pronto, com agenda disponível, certamente a visita será remarcada, e voltaremos para continuar assinando todos os memorandos e acordos.'
O governo brasileiro anunciou no sábado que o presidente Lula cancelou sua viagem de destaque à China durante a semana após ser diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e infecção viral causada pela influenza A.
A visita, que incluiria uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping na terça-feira, foi vista como um esforço significativo do novo presidente para estreitar as relações com o maior parceiro comercial do Brasil, após um período de relações difíceis sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que fez campanha para o cargo sob a retórica anti-China que continuou em seus primeiros anos no governo.
Segundo Fávaro, há um clima mais fraterno com a volta de Lula à presidência, o que 'abre oportunidades comerciais'.
O ministro também enfatizou que sua passagem pela China já garantiu um ganho importante, com Pequim aprovando a retomada das importações de carne bovina brasileira e autorizando novas plantas. As vendas para a China foram suspensas voluntariamente pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, após a descoberta de um caso atípico de doença da vaca louca.
Fávaro disse que os acordos entre empresas brasileiras e chinesas ainda devem ser anunciados no dia 29 de março. Cerca de 240 empresários brasileiros eram esperados inicialmente na China, mais de um terço do setor agrícola brasileiro, que envia a maior parte de sua produção de carne bovina, soja e celulose para a China.
(Reportagem de Marcela Ayres em Brasília)
Escrito por Reuters
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