China defende sua resposta à Covid após declarações da OMS e de Biden
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Por Bernard Orr e Brenda Goh
PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A China defendeu nesta quinta-feira sua forma de lidar com o surto de Covid-19 no país, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou preocupação, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que Pequim estaria subnotificando as mortes causadas pelo vírus.
O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, disse na quarta-feira em alguns dos comentários mais críticos da agência de saúde da ONU até o momento, que as autoridades chinesas estavam sub-representando os dados em várias frentes.
A China cancelou seus rígidos controles de Covid no mês passado após protestos contra as restrições, abandonando uma política que protegeu sua população de 1,4 bilhão do vírus por três anos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em uma coletiva de imprensa regular em Pequim que a China compartilhou de forma transparente e rápida os dados da Covid com a OMS.
Mao disse que a 'situação epidêmica da China é controlável' e que esperava que a OMS 'mantivesse uma posição científica, objetiva e imparcial'.
'Os fatos provaram que a China sempre, de acordo com os princípios de legalidade, pontualidade, abertura e transparência, manteve uma comunicação próxima e compartilhou informações e dados relevantes com a OMS em tempo hábil', disse Mao.
A China registrou uma nova morte por Covid em seu território continental na quarta-feira, em comparação com cinco no dia anterior, elevando o número oficial de mortes para 5.259.
Ryan disse na quarta-feira que os números que a China estava publicando sub-representavam internações hospitalares, pacientes em unidades de terapia intensiva e mortes.
Horas depois, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também levantou preocupação com a forma como a China lidou com um surto de Covid que está lotando hospitais e sobrecarregando algumas funerárias.
'Eles são muito sensíveis... quando sugerimos que não foram tão abertos', disse Biden a repórteres durante uma visita a Kentucky.
Os Estados Unidos são um entre as dezenas de países que impuseram restrições aos viajantes vindos da China.
A China criticou esses controles de fronteira como irracionais e não científicos, e o governo disse na quinta-feira que sua fronteira com sua região administrativa especial de Hong Kong também seria reaberta no domingo, pela primeira vez em três anos.
Milhões de pessoas viajarão pela China no final deste mês para o feriado do Ano Novo Lunar.
(Reportagem de Liz Lee, Eduardo Baptista e Bernard Orr em Pequim, Brenda Goh em Xangai, Tom Westbrook em Cingapura, Steve Holland em Hebron, Kentucky)
Escrito por Reuters
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