China expressa condolências pela morte do papa Francisco
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PEQUIM (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores da China expressou nesta terça-feira condolências pela morte do papa Francisco, mas afirmou não ter informações para compartilhar sobre quem poderia comparecer ao funeral.
A China e o Vaticano mantiveram contato construtivo e realizaram trocas benéficas nos últimos anos, disse o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa em Pequim.
A China está disposta a trabalhar com o Vaticano para continuar a aprimorar as relações bilaterais, afirmou Guo.
Em outubro do ano passado, os dois países prorrogaram por quatro anos um acordo histórico de 2018 sobre a nomeação de bispos católicos na China.
A renovação sugeriu a melhoria dos laços entre Pequim e o Vaticano, apesar da tensão em relação a Taiwan, ilha democraticamente governada que a China reivindica como sua e com a qual o Vaticano mantém relações diplomáticas formais.
Na terça-feira, Guo afirmou que o acordo para a nomeação de bispos foi 'implementado sem problemas'.
Católicos conservadores criticaram o acordo, que nunca foi divulgado publicamente, por entregar controle excessivo ao partido comunista chinês. O Vaticano afirma que o acordo resolveu uma divisão de décadas entre uma igreja clandestina leal ao Vaticano e a Associação Patriótica Católica, supervisionada pelo Estado.
Guo disse que não tinha informações para fornecer quando questionado sobre se a China enviaria representantes para o funeral de Francisco, marcado para sábado.
O Vaticano estima que cerca de 5 milhões dos 1,4 bilhão de chineses sejam católicos.
(Reportagem de Eduardo Baptista em Pequim e Ben Blanchard em Taipé)
Escrito por Reuters