China passa por revisão de histórico de direitos humanos em reunião da ONU
Publicada em
Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - A China passou uma revisão do seu histórico de direitos humanos em uma reunião das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, e a maioria dos países ocidentais cobrou proteções aos uigures de Xinjiang e mais liberdade para Hong Kong, o que Pequim rechaçou como uma orientação baseada em mentiras.
A revisão da ONU em Genebra é a primeira desde que a principal autoridade de direitos humanos da entidade publicou um relatório em 2022 afirmando que a detenção de uigures e outros muçulmanos na região de Xinjiang, na China, poderia constituir crime contra a humanidade.
Pequim nega ter cometido qualquer abuso.
A China, que enviou uma grande delegação com dezenas de autoridades, promoveu um lobby para que países não-ocidentais elogiassem seu histórico de direitos humanos antes da reunião com o envio de memorandos aos representantes nas últimas semanas, disseram diplomatas à Reuters.
A delegação da China em Genebra disse nesta terça-feira que conseguiu progressos desde a sua última revisão na ONU em 2018, ao tirar quase 100 milhões de pessoas da pobreza.
'Embarcamos em uma trajetória de desenvolvimento de direitos humanos que está em linha com a tendência destes tempos e é apropriada para as condições nacionais da China e conseguiu feitos históricos nesse processo', afirmou o embaixador Chen Xu durante a reunião.
Cerca de 163 países usaram a palavra na sessão desta terça-feira.
Muitos deles elogiaram os esforços da China na área de direitos humanos, caso da Etiópia e de Camarões. Algumas dezenas de países, a maior parte ocidentais, levantaram preocupações. A enviada de Washington, embaixadora Michele Taylor, repetiu uma acusação norte-americana de genocídio.
(Reportagem de Emma Farge)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO