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China passa por revisão de histórico de direitos humanos em reunião da ONU

Placeholder - loading - Embaixador da China nas Nações Unidas, Chen Xu, no Conselho de Direitos Humanos em Genebra, Suíça 12/09/2022 REUTERS/Denis Balibouse
Embaixador da China nas Nações Unidas, Chen Xu, no Conselho de Direitos Humanos em Genebra, Suíça 12/09/2022 REUTERS/Denis Balibouse

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Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - A China passou uma revisão do seu histórico de direitos humanos em uma reunião das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, e a maioria dos países ocidentais cobrou proteções aos uigures de Xinjiang e mais liberdade para Hong Kong, o que Pequim rechaçou como uma orientação baseada em mentiras.

A revisão da ONU em Genebra é a primeira desde que a principal autoridade de direitos humanos da entidade publicou um relatório em 2022 afirmando que a detenção de uigures e outros muçulmanos na região de Xinjiang, na China, poderia constituir crime contra a humanidade.

Pequim nega ter cometido qualquer abuso.

A China, que enviou uma grande delegação com dezenas de autoridades, promoveu um lobby para que países não-ocidentais elogiassem seu histórico de direitos humanos antes da reunião com o envio de memorandos aos representantes nas últimas semanas, disseram diplomatas à Reuters.

A delegação da China em Genebra disse nesta terça-feira que conseguiu progressos desde a sua última revisão na ONU em 2018, ao tirar quase 100 milhões de pessoas da pobreza.

'Embarcamos em uma trajetória de desenvolvimento de direitos humanos que está em linha com a tendência destes tempos e é apropriada para as condições nacionais da China e conseguiu feitos históricos nesse processo', afirmou o embaixador Chen Xu durante a reunião.

Cerca de 163 países usaram a palavra na sessão desta terça-feira.

Muitos deles elogiaram os esforços da China na área de direitos humanos, caso da Etiópia e de Camarões. Algumas dezenas de países, a maior parte ocidentais, levantaram preocupações. A enviada de Washington, embaixadora Michele Taylor, repetiu uma acusação norte-americana de genocídio.

(Reportagem de Emma Farge)

Escrito por Reuters

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