China reabre fronteiras em despedida à política de Covid-zero
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Por Joyce Zhou e Yew Lun Tian
HONG KONG/PEQUIM (Reuters) - Viajantes chegaram à China por ar, terra e mar neste domingo, muitos ansiosos por tão esperados encontros, enquanto Pequim abriu fronteiras que estavam praticamente fechadas desde o início da pandemia de Covid-19.
Após três anos, a China continental abriu travessias marítimas e terrestres com Hong Kong e acabou com a exigência de quarentena para os viajantes que chegam à região, desmantelando um eixo final da política de Covid-zero que protegeu do vírus 1,4 bilhão de pessoas na China, mas também as isolou do resto do mundo.
Longas filas se formaram nos balcões de check-in do aeroporto internacional de Hong Kong para voos com destino às cidades do continente, incluindo Pequim, Tianjin e Xiamen. Os meios de comunicação de Hong Kong estimam que milhares de pessoas faziam essa travessia.
A abertura da fronteira segue o início do 'chun yun' no sábado, o período de 40 dias das viagens do Ano Novo Lunar, que antes da pandemia era a maior migração anual do mundo, à medida que as pessoas voltavam para suas cidades natais ou tiravam férias com a família.
Cerca de 2 bilhões de viagens são esperadas nesta temporada, quase o dobro do movimento do ano passado e uma recuperação para 70% dos níveis de 2019, segundo o governo.
Muitos chineses também devem começar a viajar para o exterior, uma mudança muito aguardada por pontos turísticos em países como a Tailândia e a Indonésia. Mas vários governos --preocupados com o aumento da Covid na China-- estão impondo restrições aos viajantes do país.
A China rebaixou seu gerenciamento da Covid da categoria A, que permitia às autoridades locais colocar em quarentena pacientes e seus contatos próximos e colocar regiões em lockdown, para a categoria B.
Mas permanecem os temores de que a grande migração de trabalhadores urbanos para suas cidades natais e a reabertura de fronteiras possam aumentar as infecções em cidades menores e áreas rurais menos equipadas com leitos de terapia intensiva e ventiladores.
(Reportagem de Joyce Zhou em Hong Kong, Yew Lun Tian e Josh Arslan em Pequim; reportagem adicional de Tony Munroe em Hong Kong; Yingzhi Yang e Eve Wu em Pequim)
Escrito por Reuters
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