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China reage a aumento de tarifas de Trump, EUA mantêm posição

Placeholder - loading - Porto de Oakland, EUA 10/04/2025. REUTERS/Carlos Barria
Porto de Oakland, EUA 10/04/2025. REUTERS/Carlos Barria
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Por Joe Cash e Doina Chiacu e Karin Strohecker

PEQUIM/WASHINGTON/LONDRES (Reuters) - A China aumentou suas tarifas sobre as importações dos Estados Unidos para 125% nesta sexta-feira, revidando a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de elevar as taxas sobre os produtos chineses e intensificando os riscos de uma guerra comercial que ameaça acabar com as cadeias de oferta globais.

A retaliação da China intensificou a turbulência econômica desencadeada pelas tarifas de Trump, o que fez com que os mercados caíssem e os líderes estrangeiros ficassem em dúvida sobre como responder à maior ruptura da ordem comercial mundial em décadas.

'O risco de recessão é muito, muito maior agora do que há algumas semanas', disse Adam Hetts, chefe global de múltiplos ativos da Janus Henderson.

O governo dos EUA manteve-se firme nesta sexta-feira, divulgando suas discussões com vários países sobre novos acordos comerciais.

'Estamos indo muito bem em nossa POLÍTICA TARIFÁRIA. Muito empolgante para os Estados Unidos e para o mundo!!! Está avançando rapidamente', publicou Trump nas redes sociais.

No entanto, os aumentos tarifários dos EUA e da China podem inviabilizar o comércio de mercadorias entre as duas maiores economias do mundo, segundo analistas. Esse comércio valia mais de US$650 bilhões em 2024.

As ações globais caíam, o dólar recuava e a venda de títulos do governo dos EUA acelerou nesta sessão, reacendendo os temores de fragilidade no maior mercado de títulos do mundo. O ouro, um porto seguro para os investidores em tempos de crise, atingiu máxima recorde.

GUERRA COMERCIAL COM A CHINA

Ao anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas de dezenas de países nesta semana, Trump aumentou as taxas sobre as importações chinesas, elevando-as efetivamente para 145%.

A China revidou com suas próprias novas tarifas nesta sexta-feira, com o Ministério das Finanças dizendo que as novas taxas de Trump são 'intimidação e coerção completamente unilaterais'.

Pequim indicou que essa seria a última vez que se equipararia aos EUA, caso Trump aumente ainda mais suas tarifas. Mas deixou a porta aberta para que Pequim recorra a outros tipos de retaliação.

'Se os EUA realmente quiserem manter conversações, devem parar com seu comportamento impulsivo e destrutivo', escreveu Liu Pengyu, porta-voz da Embaixada da China nos Estados Unidos, nas mídias sociais. 'Para o bem-estar dos chineses e do povo do mundo, para a imparcialidade e a justiça da ordem global, a China nunca se curvará à pressão máxima dos EUA.'

Analistas do UBS classificaram a declaração da China de que não retaliaria mais com aumentos de tarifas como 'um reconhecimento de que o comércio entre os dois países foi essencialmente rompido por completo'.

O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse que não ficou surpreso com as últimas contramedidas da China, mas que elas foram 'certamente infelizes'.

Trump havia dito a repórteres na Casa Branca na quinta-feira que achava que os Estados Unidos poderiam fazer um acordo com a China e disse que respeitava o presidente chinês Xi Jinping.

Xi, em seus primeiros comentários públicos sobre as tarifas de Trump, disse ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, durante uma reunião em Pequim nesta sexta-feira que a China e a União Europeia deveriam 'se opor conjuntamente a atos unilaterais de intimidação', em um claro golpe às políticas tarifárias de Trump.

A China assinou dois protocolos de comércio agrícola com a Espanha, abrangendo carne suína e cerejas, na tentativa de consertar sua relação tensa com a UE, o último grande mercado aberto para seus produtos.

CONVERSAS SOBRE COMÉRCIO

O governo Trump ignorou a turbulência do mercado, dizendo que fazer acordos com outros países traria segurança.

Greer, autoridade comercial dos EUA, disse que falaria com seus pares israelenses e taiwaneses na sexta-feira sobre tarifas, depois de manter uma longa discussão com os vietnamitas.

'Há pedaços de papel que vão e voltam à medida que os países chegam e fazem sugestões sobre o que podem fazer para ter um comércio mais recíproco conosco', disse Greer em uma entrevista à Fox News. 'Estamos analisando, revisando e nos comunicando com eles e dando-lhes ideias.'

Enquanto isso, a Índia e os EUA finalizaram os termos de referência para conversações sobre o primeiro segmento de um acordo comercial bilateral, disse uma autoridade comercial indiana.

E o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, criou uma força-tarefa comercial que espera visitar Washington na próxima semana.

O Vietnã está preparado para reprimir o envio de produtos chineses para os Estados Unidos por meio de seu território, na esperança de evitar tarifas, informou a Reuters com exclusividade.

PAUSA FRÁGIL

A decisão de Trump de suspender as tarifas por 90 dias deu espaço apenas para uma 'pausa frágil', disse o presidente francês Emmanuel Macron no X, em parte porque 'essa pausa de 90 dias significa 90 dias de incerteza para todas as nossas empresas, em ambos os lados do Atlântico e além'.

Os ministros das Finanças da UE debateram nesta sexta-feira como usar a pausa para obter um acordo comercial com Washington, enquanto o comissário de comércio do bloco, Maros Sefcovic, terá conversas com autoridades norte-americanas na segunda-feira em Washington.

(Texto de John Geddie, Ingrid Melander e James Oliphant)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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