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Chinesa Cofco prevê ampliar aportes no Brasil; aponta maiores compras de soja

Placeholder - loading - Logo da Cofco na sede da empresa em Pequim, na China 03/11/2016 REUTERS/Thomas Peter
Logo da Cofco na sede da empresa em Pequim, na China 03/11/2016 REUTERS/Thomas Peter

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Por Ana Mano e Marcelo Teixeira

SÃO PAULO (Reuters) - A negociante chinesa de commodities Cofco planeja aumentar os investimentos em suas operações no Brasil, uma vez que o ambiente de negócios local deve melhorar após a aprovação de importantes reformas econômicas no país, disse o presidente do conselho da empresa, Johnny Chi, nesta segunda-feira.

Ao falar durante evento do agronegócio em São Paulo, Chi afirmou que a Cofco está avaliando investimentos como novos armazéns e melhorias em sistemas de transporte no Brasil.

'Nós esperamos ter um ambiente de negócios mais previsível e seguro. É um bom momento para pensar em como nós podemos aprofundar essa parceria', disse ele, durante sua apresentação.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e a maior compradora de commodities junto ao país. A Cofco é importante comercializadora de soja e milho no país, assim como uma grande produtora de açúcar e etanol.

O governo brasileiro está buscando promover diversas reformas, incluindo a da Previdência e a tributária, com o objetivo de melhorar o equilíbrio fiscal do país e aumentar o interesse de investidores.

Chi, que falou em mandarim e teve a ajuda de intérprete, disse que a companhia, que comprou as rivais Nidera e Noble Agri em 2014, ainda está em busca de oportunidades de crescimento, mas não especificou áreas ou alvos em potencial.

Ele disse esperar que os negócios entre a Cofco e produtores brasileiros sejam fortalecidos nos próximos anos.

A Cofco aumentou fortemente o volume de soja originado no Brasil, exportando quase 11 milhões de toneladas no ano passado, ou quase 20% a mais que em 2017. A disputa comercial entre Estados Unidos e China foi um dos grandes fatores por trás dessa alta.

Questionado por jornalistas sobre sua visão em relação à guerra comercial, o executivo recusou-se a comentar.

O executivo afirmou que a Cofco espera comprar em volume 5% mais soja brasileira por ano pelos próximos cinco anos.

MEIO AMBIENTE

Chi disse que a negociante de commodities chinesa visa favorecer o crescimento sustentável da produção agrícola brasileira. Os comentários acontecem em um momento em que avançam as críticas ao governo brasileiro a respeito do desmatamento.

'Vemos um grande potencial de crescimento na agricultura brasileira. Enquanto isso, o país é bem conhecido por sua beleza e recursos naturais, especialmente na floresta Amazônica. Ambos não são incompatíveis', afirmou.

O presidente do conselho disse ainda que a Cofco está estabelecendo um programa para facilitar o financiamento de longo prazo para a produção de soja em terras abertas no Brasil.

'O Brasil possui mais de 25 milhões de hectares de terra aberta, que são viáveis para a agricultura. Esperamos que nosso programa ofereça incentivo financeiro apropriado para a produção sustentável', disse Chi, acrescentando que a empresa planeja impulsionar suas operações em energia renovável no Brasil, onde já opera quatro usinas de etanol.

Escrito por Reuters

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