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CNA projeta crescimento mais lento do PIB do agro do Brasil em 2023

Placeholder - loading - Caminhão carregado com soja no Brasil 18/03/2004 REUTERS/Paulo Whitaker
Caminhão carregado com soja no Brasil 18/03/2004 REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil deverá crescer até 2,5% em 2023, em um ritmo mais lento do que o visto em 2021, mas em recuperação ante 2022, quando a quebra de safra de soja e a alta de custos pressionaram os resultados do setor, estimou nesta quarta-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em balanço de final de ano, a principal entidade representativa do setor agrícola do Brasil disse que o PIB do agro deverá cair 4,1% neste ano, depois de registrar recordes em 2020 e 2021, quando houve um avanço de 8,36%.[nL2N2VJ2IT]

A projeção de crescimento de 2023 incorpora a expectativa de maiores volumes de milho que poderão ser vendidos à China, agora que os chineses abriram o mercado ao cereal brasileiro, disse o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi. Mas ele ponderou também que o desempenho dependerá da confirmação de uma boa safra de grãos.

'Pode mudar (a projeção)', disse Lucchi, ao ser questionado em conferência de imprensa sobre potenciais impactos do La Niña nas lavouras do Sul, que reduziram drasticamente a safra na temporada anterior.

Ele estimou uma faixa de variação do PIB de zero a 2,5% em 2023, mas citou que há indicações de que, com o enfraquecimento do La Niña --que geralmente resulta em seca no Sul--, o impacto climático deve ser menor na safra atual do que foi na anterior.

'A princípio seria menor (o impacto climático) do que no ano anterior, a produção vai crescer muito (segundo a estimativa). Se a produção tiver retração, não posso chegar nos 2,5%', disse o diretor técnico.

A estimativa para a safra de grãos 2022/23 é de um aumento de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação a 2021/22, atingindo 313 milhões de toneladas, segundo a CNA, que citou crescimento da área plantada e recuperação da produtividade da soja após a seca impactar o Sul do país na safra anterior.

Segundo o especialista da entidade, a projeção de PIB já considera maiores exportações de milho para a China, mas na avaliação da CNA esse crescimento não será tão grande, já que o gigante asiático é um dos maiores produtores do cereal, diferentemente da soja, um mercado fortemente dependente de importações para os chineses.

'A expectativa é que a demanda não cresça tanto, vai impactar, mas nem tanto, porque o preço do milho tem tendência de queda', afirmou Lucchi, citando a expectativa de safra recorde no Brasil.

Neste contexto, a confederação avalia que 2023 será um 'ano de desafios', em que poderá haver uma margem de lucro menor, com redução de receita para o produtor rural e alta dos custos de produção na atividade, já que boa parte da safra está sendo plantada com insumos comprados com preços mais elevados.

Em 2022, os setor registrou elevação dos preços dos defensivos e fertilizantes de mais de 100%, à medida que os desdobramentos da guerra na Ucrânia geraram temores de escassez de adubos, que agora registram uma melhora na relação de troca ao agricultor.

Apesar de não considerar que as novas exportações de milho à China poderão ter impacto mais forte, a CNA tem consciência de que o 'grande crescimento econômico do mundo vai ser na Ásia'.

'Não podemos ficar presos a um só comprador', disse o presidente da CNA, João Martins, destacando dezenas de mercados que vêm sendo abertos ao agronegócio do Brasil.

'Temos de vender mais para a China e para o restante do mundo', completou a diretora de relações internacionais da CNA, Sueme Mori.

No comércio exterior, de janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras de produtos agropecuários totalizam 148,3 bilhões de dólares, superando em 23,1% o total vendido em todo o ano de 2021, com o agro respondendo por 48% das vendas externas totais do Brasil.

Com relação a uma nova lei da União Europeia que bane produtos oriundos de áreas desmatadas, conforme acordo anunciado na véspera, a especialista da CNA disse que a entidade vê a questão com 'preocupação', enquanto aguarda um texto final de legislação para melhor avaliação.

Segundo Martins, o Brasil precisa mostrar que é preciso separar o 'desmantamento ilegal do que é legalizado', enquanto ele considera a Amazônia 'uma região extremamente complexa', onde as atividades não devem receber um carimbo de que tudo realizado lá estaria na ilegalidade.

NOVO GOVERNO

A CNA ainda citou que incertezas sobre o controle das despesas públicas e a condução da política fiscal do Brasil pelo novo governo, que devem impactar os custos do setor agropecuário, sobretudo em questões tributárias, enquanto a taxa Selic elevada acarretará em mais custo para o crédito para consumo, custeio e investimento.

O presidente da CNA, que se manifestou antes das eleições favorável a Jair Bolsonaro e contra Luiz Inácio Lula da Silva, evitou responder questões sobre a participação da entidade nos trabalhos de transição de governo.

Ele disse apenas que, se a entidade não está participando do governo de transição, 'é porque mandamos as nossa proposições (aos candidatos) antes da eleições'.

Martins disse ainda que, se o novo governo tomar medidas contrárias ao que pensa a CNA, a confederação vai discutir formas de melhorar as medidas.

(Por Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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