Com clamores cada vez maiores por sanções, Abramovich coloca o Chelsea à venda
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Por William Schomberg
LONDRES (Reuters) - O empresário russo Roman Abramovich disse nesta quarta-feira que decidiu vender o Chelsea Football Club e prometeu doar dinheiro da venda para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.
Entre cobranças para Abramovich ser alvo de sanções após a invasão da Rússia à Ucrânia, o magnata de 55 anos afirmou em um comunicado que a venda era do melhor interesse do atual campeão europeu e mundial.
'Na situação atual, tomei a decisão de vender o clube, pois acredito que isso seja do melhor interesse do clube, dos torcedores, dos funcionários, bem como dos patrocinadores e parceiros do clube'.
Abramovich disse que não cobraria empréstimos que fez ao clube --que seriam de 1,5 bilhão de libras (cerca de 2 bilhões de dólares)-- e que a venda não seria acelerada.
Também afirmou que orientou seus auxiliares a criarem uma fundação de caridade que receberá todo o saldo do dinheiro da venda.
“A fundação será em benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia”, disse Abramovich, no comunicado.
“Isso inclui fundos críticos para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, assim como o apoio ao trabalho de recuperação de longo prazo.”
O empresário suíço Hansjoerg Wyss havia dito a um jornal que estava considerando comprar o Chelsea de Abramovich, que ao longo do fim de semana afirmou que estava se afastando da gestão do clube, mas não fizera nenhuma menção a planos de transferir a sua propriedade.
“Abramovich está atualmente tentando vender todas suas propriedades na Inglaterra. Ele também quer se livrar do Chelsea rapidamente. Eu e outras três pessoas recebemos uma proposta na terça-feira para comprar o Chelsea de Abramovich”, teria dito Wyss segundo o jornal Blick em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.
Abramovich comprou o clube do oeste de Londres em 2003 e seu investimento ajudou a produzir a era mais bem-sucedida da história do time --com cinco títulos do Campeonato Inglês, cinco da Copa da Inglaterra e dois da Liga dos Campeões.
O russo, que tem cidadanias de Israel e Portugal, tornou-se um dos empresários mais poderosos da Rússia recebendo enormes quantias após a dissolução da União Soviética em 1991. A Forbes avalia sua fortuna em 13,3 bilhões de dólares.
Escrito por Reuters
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