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Como saudita STC construiu sua influência sobre a Telefónica

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Por Hadeel Al Sayegh e Andres Gonzalez e Belén Carreño

DUBAI/MADRI (Reuters) - José María Álvarez-Pallete, presidente-executivo da Telefónica, recebeu um telefonema inesperado esta semana, quando estava no Vale do Silício para se reunir com empresas e investidores na capital de tecnologia dos Estados Unidos.

O executivo ficou sabendo que a maior operadora de telecomunicações da Arábia Saudita, STC Group, pretendia ser a maior acionista da Telefónica, com uma participação de 9,9%. Poucas horas após a ligação de terça-feira, Álvarez-Pallete estava a caminho de Riad, de acordo com fontes com conhecimento da situação. No Brasil, a Telefónica opera sob a marca Vivo

A STC passou meses montando sua participação de 2,1 bilhões de euros na Telefónica, disseram as fontes, apesar da companhia estar sobrecarregada por bilhões de dólares em dívidas.

A empresa saudita é 64% controlada pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, o principal motor do esforço da Visão 2030 do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman de ter participações em uma variedade de empresas globais e afastar a economia saudita de sua dependência do petróleo.

A STC espera que os laços com a Telefónica a ajudem a desenvolver cidades digitais na Arábia Saudita, importando conhecimento de países como a Espanha, de acordo com uma fonte que assessorou a empresa. Para a empresa espanhola, cujo valor de mercado caiu para um terço do nível de oito anos atrás, o investimento oferece aos acionistas um pouco de alívio.

A Telefónica não vê a STC como um investidor agressivo que buscará mudanças na administração, de acordo com uma fonte com conhecimento do pensamento da administração. Mas o sigilo com que a STC construiu sua participação pegou alguns observadores desprevenidos, disse.

No ano passado, a diretoria da Telefónica reuniu-se duas vezes com outras empresas e fundos no Oriente Médio, disseram as fontes familiarizadas com o assunto.

A Telefónica disse que foi informada na terça-feira sobre o investimento da STC. Em fevereiro, as empresas anunciaram uma parceria estratégica em áreas como segurança digital e metaverso.

Em maio, a STC contratou consultores, incluindo o Morgan Stanley e o escritório de advocacia Linklaters, e começou a comprar ações da Telefónica no mercado, disseram duas outras fontes.

Quando a participação se aproximou de 3%, a STC interrompeu as compras para evitar ter que fazer uma divulgação oficial no mercado, disse uma das fontes. A STC procurou manter a participação em segredo até que pudesse comprar pelo menos 9,9% da Telefônica, disse a fonte.

Na terça-feira, a STC atingiu essa meta, depois de adquirir uma participação adicional de 2% de investidores não revelados, disse uma das fontes. O saldo, 5%, consiste em derivativos organizados pelo Morgan Stanley e está pendente de aprovação regulatória pelo governo espanhol, disseram as fontes.

No centro do negócio está o diretor de investimentos da STC, Motaz Al Angari, ex-banqueiro do Morgan Stanley, disse uma fonte com conhecimento do assunto. A STC confirmou seu envolvimento. Enquanto estava no banco, Al Angari prestou consultoria sobre a listagem recorde de ações da petrolífera saudita Saudi Aramco.

Morgan Stanley e Linklaters não comentaram. A Telefônica disse: 'Nossas equipes de gestão, estratégia e investimento viajam regularmente para se reunir com potenciais investidores, não apenas no Oriente Médio, mas em todo o mundo.'

Em uma tentativa de reduzir a dívida, a Telefónica vendeu grandes quantidades de ativos de telecomunicações e deve apresentar um novo plano estratégico em 8 de novembro, com foco no aumento do fluxo de caixa livre, que, segundo seu presidente-executivo, pode chegar a 4 bilhões de euros este ano.

A STC tem um caixa de 22,4 bilhões de rials (6 bilhões de dólares) que vem sendo subutilizado há muitos anos, disseram os analistas de ações da EFG Hermes em uma nota a clientes, de modo que a compra da participação também deve ser boa para a empresa saudita. Entretanto, os analistas alertaram que 'negócios malsucedidos' da STC no passado podem preocupar algumas pessoas.

Desde a notícia de terça-feira, as ações da Telefónica subiram 2,4%, enquanto as da STC caíram 1,1%.

Os investidores do Oriente Médio vêm adquirindo participações em empresas espanholas há algum tempo. O fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, possui participações na empresa de petróleo Cepsa e na operadora de gasodutos Enagas, enquanto o QIA, do Catar, é acionista da Iberdrola.

'Eles querem que seus campeões locais se tornem participantes globais', disse um executivo de banco de investimento do Golfo. 'Com o tempo, eles se tornarão tão importantes quanto uma Vodafone ou a própria Telefónica.'

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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