Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Conab faz leve ajuste na safra de soja do Brasil enquanto monitora clima adverso

Placeholder - loading - Lavoura de soja 25/04/2023 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Lavoura de soja 25/04/2023 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Roberto Samora e Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil 2023/24 foi estimada nesta quinta-feira ainda em recorde de 160,2 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com uma redução de 1,4% na comparação com a previsão divulgada no mês passado, devido a adversidades climáticas.

Segundo a estatal, a revisão das expectativas para o maior produtor e exportador global da oleaginosa decorre do fato de que, em alguns Estados produtores, chuvas irregulares e altas temperaturas já impactaram o potencial produtivo das lavouras.

Mesmo com a diminuição da projeção, a expectativa é de que a produção da oleaginosa cresça 3,6% em relação à safra anterior, quando o Brasil colheu uma safra jamais vista no país. Isso aconteceria com um esperado crescimento de área plantada e um salto na produtividade esperada no Rio Grande do Sul, grande produtor brasileiro que sofreu com a seca na temporada anterior.

O número da Conab, contudo, está acima da maioria das projeções de analistas privados. Muitos já consideram a produção abaixo de 160 milhões de toneladas, outros acreditam em uma certa estabilidade ante 2022/23 e já há quem veja uma redução em relação à temporada passada, apesar de um crescimento de área de 2,8%, para 45,3 milhões de hectares.

A própria Conab sinalizou que eventuais mudanças na projeção de soja, uma vez que o plantio ainda está sendo finalizado, não podem ser descartadas.

'Estamos atentos e redobraremos o monitoramento das áreas produtoras. O comportamento do clima este ano é o fator mais determinante para as culturas que estão em plantio e em desenvolvimento, em função do El Niño', disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.

Na previsão de janeiro da Conab, 'este número pode ter um sinal diferente do que estamos vendo hoje, por conta da continuidade dessas crises climáticas', disse o diretor do Departamento de Comercialização do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, ao comentar as estimativas em uma transmissão pela internet.

Para o analista econômico da cooperativa de crédito Sicredi Filipe Kalikoski, o viés dos próximos levantamentos de soja da Conab continuará sendo de 'revisões de baixa', ainda que a melhora climática a partir de dezembro possa limitar o tamanho das reduções.

'É preciso lembrar que a Conab só realiza cortes das projeções quando estes já estão absolutamente consolidados, então ainda temos margem para reduções maiores à medida que vamos apurando mais perdas', disse ele.

As projeções do Sicredi apontam para uma safra de soja estimada na faixa de 159,3 milhões de toneladas.

Kalikoski ainda alertou sobre uma melhora climática esperada para dezembro. 'Parece que as notícias ruins tendem a se reverter daqui para frente: o retorno das chuvas no Centro-Norte do país, ainda que de forma irregular, aliado ao prognóstico de chuvas suficientes em dezembro e janeiro, deve entregar condições de clima que tendem a mitigar maiores danos à safra nacional, que ainda tem o potencial para ser uma safra recorde', acrescentou.

Para o Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, a Conab vê uma safra em torno de 43,5 milhões de toneladas, queda anual de 4,6%, enquanto outros Estados do Centro-Oeste também devem ter redução.

Já o Rio Grande do Sul deverá ampliar a produção em 68%, para 21,9 milhões de toneladas, apesar de um atraso inicial do plantio pelo excesso de chuva, segundo a Conab. O Paraná, que teve uma safra recorde no ciclo anterior, verá sua produção cair 2,7%, para 21,8 milhões de toneladas, de acordo com a estatal.

Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul costumam ser os maiores produtores do Brasil.

Considerando a projeção de safra atual, a Conab projeta as exportações brasileiras de soja em 2024 em recorde de 101,6 milhões de toneladas, ainda superando as estimadas para 2023 (100 milhões de toneladas).

MILHO

Porto, da Conab, lembrou que os atrasos no plantio da soja por conta do clima adverso 'abrem incertezas para o milho segunda safra'.

A Conab também reduziu sua estimativa para a produção total de milho a 118,53 milhões de toneladas, ante 119,1 milhões estimadas no relatório passado. Frente à safra anterior, o volume esperado para o milho representa uma queda de 10,2%.

Essa redução, contudo, deve-se por ora a uma menor expectativa para o milho primeira safra, para 25,3 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra, só plantada após a colheita de soja, ficou praticamente estável em 91,2 milhões de toneladas ante a previsão de novembro.

Apesar da redução da colheita total de milho, a Conab manteve a expectativa de exportação do cereal do Brasil na temporada 2023/24 em 38 milhões de toneladas, versus recorde de 56 milhões do ciclo anterior, quando o Brasil se tornou o maior exportador global.

(Por Roberto Samora, Ana Mano e Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

Datas e Locais:

4 H
  1. Home
  2. noticias
  3. conab reduz previsao para …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.