Confiança das empresas da Alemanha cai mais do que o esperado em novembro, segundo Ifo
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Por Maria Martinez
BERLIM (Reuters) - A confiança das empresas da Alemanha caiu mais do que o esperado em novembro, em mais uma má notícia para um país que deverá ter o pior desempenho entre as democracias ricas do G7 este ano.
O instituto Ifo informou que seu índice de clima de negócios caiu para 85,7 em novembro, de 86,5 no mês anterior, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira. Analistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 86,0.
'A economia alemã está carente de força', disse o presidente da Ifo, Clemens Fuest.
O declínio na confiança das empresas deveu-se principalmente à avaliação mais fraca da situação atual, com uma queda para 84,3 em novembro, em comparação com 85,7 em outubro.
As expectativas também caíram, mas apenas ligeiramente, para 87,2 em novembro, de 87,3 no mês anterior, disse o Ifo.
Robin Winkler, economista-chefe para a Alemanha do Deutsche Bank Research, considerou notável o fato de as expectativas terem permanecido estáveis, dados os acontecimentos políticos das últimas três semanas.
'Ou as empresas alemãs ainda não estão excessivamente preocupadas com a política comercial dos EUA ou essas preocupações estão sendo compensadas pela perspectiva de novas eleições na Alemanha', disse Winkler.
O declínio afetou todos os setores, com exceção do comércio, já que as empresas de varejo e atacado têm uma avaliação melhor da situação atual e estão menos pessimistas do que nos meses anteriores, de acordo com o Ifo.
O aumento no comércio é interessante, uma vez que a Alemanha seria a grande perdedora se a presidência de Trump desencadear uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a Europa, com a força industrial da Alemanha podendo se tornar uma vulnerabilidade aguda.
Ainda mais importante é o impacto que os cortes de impostos e a desregulamentação nos Estados Unidos, combinados com os preços já baixos da energia, teriam sobre a competitividade alemã, 'que é definitivamente negativa', disse Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do ING.
O índice Ifo tende a captar eventos de curto prazo com um certo atraso, disse Brzeski. 'Nesse sentido, é alto o risco de que os resultados das eleições nos EUA e o colapso do governo alemão ainda deixem suas marcas no sentimento nos próximos meses.'
(Reportagem de Rachel More e Maria Martinez)
Escrito por Reuters
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