Neste domingo, 4 de maio, os fãs brasileiros terão a chance de reviver um capítulo da história do rock: o Simple Minds se apresenta em São Paulo, trazendo de volta aos palcos o som que marcou os anos 80. Mas, afinal, qual é o segredo de bandas como o Simple Minds para permanecerem ativas e relevantes mesmo décadas após seu auge?
Simple Minds: Muito Além de "Don't You (Forget About Me)"
Ícones do
new wave e rock alternativo, os escoceses do
Simple Minds estouraram mundialmente nos anos 80 com hits como
Alive and Kicking,
Belfast Child e, claro,
Don’t You (Forget About Me). Mas o que realmente diferencia o grupo é sua capacidade de
evoluir sem perder a essência.
Mesmo após o pico do sucesso comercial, a banda seguiu produzindo álbuns, explorando novas sonoridades e
atualizando sua identidade musical. Essa reinvenção constante é parte crucial da sua
longevidade artística.Por trás do hit imortalizado em The Breakfast Club
Em entrevista publicada em 15 de outubro de 2018 pela revista
Forbes, Jim Kerr, vocalista da banda escocesa comentou sobre o sucesso da canção
“Don't You (Forget About Me)” composta por
Keith Forsey e Steve Schiff para o filme
The Breakfast Club em 1985.
“Não queríamos fazer. A música nem era nossa”, revela Jim Kerr sobre o hit e originalmente oferecido a nomes como Bryan Ferry e Billy Idol.
A banda escocesa resistiu à ideia de gravar uma música que não havia escrito, mas acabou cedendo ao entusiasmo do produtor e do diretor
John Hughes, grande entusiasta do som britânico da época.
“Eles eram caras tão bons. Tão apaixonados. Nos fizeram querer fazer parte do projeto”, lembra Kerr.
O resultado foi um sucesso estrondoso. Lançada em
1985, a canção liderou as paradas norte-americanas e alavancou não só o álbum
Once Upon a Time, mas também a bilheteria do filme, que arrecadou mais de
US$ 50 milhões com um orçamento de apenas
US$ 1 milhão. Recorde abaixo o sucesso
“Don't You (Forget About Me)” com
Simple Minds ao vivo no icônico festival
Live Aid:
O Segredo Está na Reinvenção e na Conexão com o Público
Para grupos como o
Simple Minds, a
reinvenção é estratégica. Eles não vivem apenas da nostalgia: mesmo ao revisitar os clássicos, entregam novas leituras, arranjos modernos e
shows com alta energia, cativando tanto os fãs de longa data quanto novas gerações.