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Construtoras miram novas estratégias em meio à alta de juros no Brasil

Placeholder - loading - Prédio em construção no Rio de Janeiro 27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Prédio em construção no Rio de Janeiro 27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares
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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - Com o fim da temporada de balanços se aproximando e o resultado de muitas construtoras já divulgados, surge quase como consenso entre as incorporadoras dos mais diversos padrões que a alta dos juros no Brasil é uma preocupação, com algumas adotando novas estratégias para contornar esse cenário.

'Eu acho que o ponto de atenção fica sobre como é que vai estar o mercado para o ano que vem, tendo em vista essa taxa de juros que atrapalhou inclusive o financiamento bancário', afirmou o presidente-executivo da Eztec, Silvio Ernesto Zarzur, em teleconferência de resultados este mês.

Zarzur acrescentou que a empresa, com foco nos segmentos de média e alta rendas, trabalhará mais em sua carteira de alienação fiduciária - que apoia o financiamento de clientes direto com a construtora - em meio às previsões de um ciclo de alta na Selic restringindo o crédito ao consumidor.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual na última reunião da autarquia, para 11,25% ao ano, com analistas apostando em novas altas em 2025. No início de 2024, esperava-se que a Selic seguisse uma tendência de queda, com a expectativa de que, a este ponto, a taxa estivesse na casa de 1 dígito.

As construtoras que são mais concentradas no segmento de menor renda, como Tenda e Direcional, aparecem parcialmente 'blindadas' ao movimento da Selic, já que as principais fontes de financiamento envolvem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas no lado macroeconômico, a atenção sobre a taxa básica permanece sobre a capacidade de consumo da população.

'A preocupação é mais no cenário macro, acho que uma estabilidade é sempre o cenário ideal, mas no micro, ou seja, pensando na empresa, acho que esse segmento está muito bem protegido', afirmou o diretor financeiro da Tenda, Luiz Mauricio Garcia, à Reuters.

No lado do custo do crédito para a construtora, o diretor financeiro afirmou que a Tenda vem desalavancando seu balanço e trocando dívidas mais caras por mais baratas, o que deve ajudar a compensar o efeito da Selic.

Na Direcional, o presidente-executivo da companhia, Ricardo Gontijo, disse que está adotando uma nova estratégia para a Riva, incorporadora de média renda do grupo, diante da nova realidade do mercado. O segmento representa cerca de 35% da operação da companhia.

'O que a gente como incorporador acaba tendo que fazer é ajustar o tamanho das nossas unidades... para que a gente oferte para o mercado um produto que o nosso cliente tem capacidade de adquirir no momento.' Não houve alterações nesse sentido no segmento de menor renda, segundo o executivo.

Gontijo acrescentou que o momento 'inspira uma certa cautela', mas que a construtora tem trabalhado com um 'conservadorismo bastante grande', mantendo baixo o endividamento.

O cenário de juros mais elevados contrasta com um mercado imobiliário aquecido, com a Caixa Econômica Federal reduzindo em 1º de novembro o teto de financiamento habitacional e adotando novas regras para moradias usadas diante da forte demanda por crédito.

Em meio às divulgações de resultados trimestrais vistos como sólidos por analistas, a Tenda elevou suas projeções para a marca homônima em 2024 e a Eztec anunciou o pagamento de 150 milhões de reais em dividendos extraordinários.

Na MRV&Co, o diretor financeiro, Ricardo Paixão, informou que, diante do impacto do movimento da Selic no custo da dívida, a empresa está com um 'foco muito grande' em desalavancagem.

'A prioridade não muda, porque um juros de 11% ou de 13% já é muito alto da mesma forma quando a gente pensa em endividamento', afirmou o executivo à Reuters.

No caso do grupo, os juros altos nos Estados Unidos também acendem um alerta. Os executivos da companhia disseram em teleconferência com analistas na semana passada que a subsidiária norte-americana Resia ainda é um 'desafio' dado, principalmente, o alto juro norte-americano, e que a empresa está buscando deixar a operação 'mais enxuta'.

Na Cyrela, executivos destacaram em teleconferência com analistas após divulgação de resultado trimestral que o cenário macro é uma preocupação para o próximo ano.

'Acho que o grande risco para 2025 é o Brasil, o risco é o fiscal, é o patamar de juros, é a economia desacelerar muito. Não acho que o setor está fácil', disse o copresidente da Cyrela, Raphael Horn.

Ainda assim, o diretor financeiro da incorporadora, Miguel Mickelberg, afirmou que a empresa discutirá no início de dezembro a possibilidade de pagar dividendo extra este ano, dada a boa performance de geração de caixa da companhia no período.

No mês, as ações de Eztec sobem cerca de 6%, enquanto MRV e Cyrela caem 8% e 5%, respectivamente, contra perda de quase 2% do Ibovespa no mesmo período. Fora do índice, Tenda tem alta mensal de 8% e Direcional recua 4%.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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