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Consumidores da zona do euro estão mais otimistas com perspectivas de inflação

Placeholder - loading - Comprador paga com uma nota de euro em um mercado em Nice, França 03/04/2019 REUTERS/Eric Gaillard
Comprador paga com uma nota de euro em um mercado em Nice, França 03/04/2019 REUTERS/Eric Gaillard

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FRANKFURT (Reuters) - Os consumidores da zona do euro reduziram suas expectativas de inflação, mostrou uma nova pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) nesta terça-feira, um alívio para as autoridades após um aumento inesperado no mês anterior, mesmo que o crescimento dos preços ainda esteja persistente.

O BCE elevou os juros em 375 pontos-base combinados no ano passado para conter o crescimento descontrolado dos preços e ainda pode levar até 2025 para que a inflação desacelere para sua meta de 2%, já que o rápido crescimento salarial e a demanda robusta por serviços mantêm a pressão sobre os preços.

As expectativas medianas de inflação nos próximos 12 meses caíram para 4,1% em abril, de 5,0% em março, enquanto nos próximos três anos caíram para 2,5%, de 2,9%, disse o BCE, com base em uma pesquisa mensal com 14 mil adultos no maiores países da zona do euro.

Os números foram divulgados no momento em que Klaas Knot, uma autoridade publicamente agressiva no combate à inflação, fez comentários cautelosamente otimistas sobre o crescimento dos preços, argumentando que o pior dos problemas na inflação da Europa já passou.

Ainda assim, Knot alertou que ainda pode levar algum tempo até que a inflação, de 6,1% em maio, esteja totalmente sob controle.

'Como a inflação esteve alta por um longo período, as pressões inflacionárias se acumularam', disse Knot em pronunciamento. 'É provável que as pressões sobre preços nessas áreas se mostrem mais difíceis de reduzir.'

Uma longa lista de autoridades, incluindo Knot, argumentaram que o aumento da taxa do BCE em junho, considerada pela maioria como garantida, precisa ser seguido por outro movimento em julho para que a inflação esteja totalmente sob controle.

Mas a perspectiva além disso é mais obscura. O presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, argumentou que não é certo que os juros atingirão o pico em meados do ano, enquanto o colega francês, François Villeroy de Galhau, disse acreditar que os aumentos terminariam nessa época.

Na pesquisa do BCE, os consumidores viram um crescimento salarial mais modesto pela frente, reduziram expectativas de desemprego e ficaram menos pessimistas com as perspectivas de crescimento do bloco, mesmo que ainda vejam uma contração pela frente.

(Por Balazs Koranyi)

Escrito por Reuters

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