Coreia do Norte responde a ONU sobre soldado norte-americano que cruzou fronteira
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Por Idrees Ali e Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - A Coreia do Norte respondeu sucintamente ao Comando da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre um soldado norte-americano que cruzou a fronteira do país com a Coreia do Sul no dia 18 de julho e foi imediatamente preso, afirmou o Pentágono nesta terça-feira.
O porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Patrick Ryder, afirmou que a Coreia do Norte apenas informou ao comando da ONU ter recebido o pedido de informações sobre o soldado Travis King, sem dar quaisquer notícias sobre seu estado.
“Posso confirmar que a Coreia do Norte respondeu ao Comando das Nações Unidas, mas não temos nenhum avanço significativo para dar”, afirmou Ryder durante coletiva de imprensa.
Pressionado, ele revelou que a mensagem norte-coreana foi apenas “um recebimento” dos questionamentos da ONU.
King entrou na Coreia do Norte no dia 18 de julho durante uma visita à Zona Desmilitarizada da fronteira, colocando os EUA em um novo dilema diplomático com o país asiático, que possui bomba atômica.
King, que se alistou em 2001 no Exército norte-americano, atingiu o cargo de batedor de cavalaria na Força Rotacional Coreana, que é parte de um acordo de décadas dos Estados Unidos para proteger a Coreia do Sul.
O soldado tem um histórico conflituoso nas forças armadas. Ele foi acusado duas vezes de agressão na Coreia do Sul. Ele confessou ser culpado em um dos processos de agressão e por destruir propriedade pública depois de danificar um carro da polícia durante um discurso, cheio de palavrões, contra os coreanos, segundo documentos judiciais.
Após sair da prisão especial para militares norte-americanos e outros estrangeiros, King ficou na base dos EUA na Coreia do Sul por uma semana, segundo a agência de notícias Yonhap.
Autoridades norte-americanas que não quiseram se identificar afirmaram que King passaria por um processo disciplinar militar após retornar a sua casa, em Fort Bliss, no estado do Texas.
Os EUA estão preocupados com o destino de King na Coreia do Norte. O Exército relembrou o caso de Otto Warmbier, um estudante norte-americano que ficou preso na Coreia do Norte por 17 meses e morreu pouco depois de ser devolvido ao país em coma, em 2017.
(Reportagem Idrees Ali e Phil Stewart)
Escrito por Reuters
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