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Crise política de Macron abala negócios antes dos Jogos Olímpicos de Paris

Placeholder - loading - Anéis olímpicos na Torre Eiffel em Paris  23/7/2024   REUTERS/Gonzalo Fuentes
Anéis olímpicos na Torre Eiffel em Paris 23/7/2024 REUTERS/Gonzalo Fuentes

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PARIS (Reuters) - Enquanto o presidente Emmanuel Macron dá as boas-vindas a líderes empresariais, incluindo Elon Musk, em Paris, antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos na sexta-feira, há sinais iniciais de que o impasse político da França está prejudicando o sentimento empresarial e afetando a tomada de decisões corporativas.

Os dados divulgados pelo escritório de estatísticas do país na quinta-feira mostraram que o moral da indústria francesa caiu inesperadamente em julho, depois que uma votação legislativa antecipada convocada por Macron deixou a França nas mãos de um governo interino, no momento em que o país sedia o maior evento esportivo do mundo em meio a temores de segurança elevados.

Macron disse esta semana que seu governo permanecerá até depois dos Jogos, quando ele tentará nomear um primeiro-ministro. Ele rejeitou o candidato proposto por uma aliança de esquerda, pedindo uma coalizão mais ampla.

Musk, da Tesla, e Bernard Arnault, chefe da LVMH, estão entre os CEOs que almoçam com Macron nesta quinta-feira em uma cúpula de investimentos.

Os líderes de Coca-Cola, Samsung, TikTok e outros também estarão presentes, enquanto mais de 100 chefes de Estado participarão da cerimônia de abertura das Olimpíadas ao longo do rio Sena.

Um assessor de Macron disse a repórteres na semana passada que o presidente usará a cúpula para amenizar os temores sobre a crise política.

'É claro que esse evento será um pouco especial, depois dos acontecimentos políticos das últimas semanas. O objetivo será principalmente explicar aos executivos estrangeiros as escolhas feitas pelo presidente, a dissolução (do Parlamento) em particular', afirmou o assessor.

'Para os investidores estrangeiros, o que importa é a política que está sendo executada, a continuidade e a estabilidade, proporcionando certeza. E o presidente procurará tranquilizar os CEOs presentes sobre as escolhas que ele fez.'

Macron defendeu sua decisão de dissolver o Parlamento após a derrota para a extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu em junho, embora a votação resultante tenha deixado a França em um estado de impasse parlamentar depois que nenhum partido obteve maioria.

(Reportagem de Gabriel Stargardter, Michel Rose, Dominique Patton, Mathieu Rosemain e Gilles Guillaume em Paris e Mathias de Rozario e Michal Aleksandrowicz em Gdansk)

((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS TR

Escrito por Reuters

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